quinta-feira, 24 de março de 2011

Sessão Dupla

Hoje foi dia de dois filmes. Muito diferentes, eles têm, no entanto, algo em comum: as instituições governamentais - inteligência, exércio - em destaque. No primeiro, elas são expostas pelo que são, e como não podemos realmente contar com elas, mesmo se delas fizermos parte. Triste. No segundo, como podemos contar com elas until the end of the world (mesmo que ele aconteça num surreal ataque alienígina). Haha. 
Bom, são estes os filmes:


Jogo de Poder (Fair Game). Doug Liman, US/Emirados Árabes, 2010. Baseado no livro de memórias de Valerie Plame, Fair Game. Com Naomi Wats (enquanto escrevo, passa um outro filme dela no Telecine, O Despertar de uma Paixão, 2006) e Sean Penn (como eu gosto do Sean Penn, mesmo com a esquisitisse do cabelo nesse filme. Não é chatice, veja lá e me diz se não é engraçado).  Hoje estou cheia dos comentários...

Quanto ao filme, a sensação de impotência é sufocante.  Em A Troca, de Clint Eastwood (2008), senti uma impotência tão gigante diante da arbitrariedade da polícia que me deu vontade de rasgar a tela do cinema. Em Fair Game esse sentimento não foi tão intenso, mas o efeito foi mais devastador: as instituições existem para as pessoas, e não o contrário. Certo? Ou não? Por mais sagradas que elas aparentem ser, por mais que defendam ideais supremos em seus estatutos, elas cometem suas grandes trapalhadas. E nós temos de arcar com essas pataquadas, às vezes sem chance de defesa.

Uma ressalva: para mostrar a dimensão de um "unfair game" (sorry, o trocadilho foi muito irresistível...), o roteiro constrói a história com muito cuidado, apenas para apressá-la de forma boba no final. Uma pena. Mas fiquei abalada igual. O corte no final foi de um efeito bastante interessante também.
PS: Uma das músicas do filme chama Clint Eastwood (Gorillaz)!!! E eu ali pensando nele...

Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles (Battle: Los Angeles). Jonathan Liebesman, US, 2011.

O mundo tem mania de acabar, seja nas telas, seja nas previsões - o próximo fim está previsto para 2012.

Em A Batalha..., o mundo é atacado por ETerminators, e não se sabe muito bem de onde vêm os ataques. Nesse sentido, este filme é interessante em vários aspectos: o título já anuncia que ele é apenas um capítulo numa batalha muito maior. O tempo que a narrativa abrange é apenas de algumas horas, o que torna a batalha mais intensa, concentrada e alucinante. As batalhas lembram muito o modo de filmar apresentado em O Resgate do Soldado Ryan (1998), um caos de tiros, explosões, pessoas feridas, gritos... Uma proposta realista de batalha, e foi aqui que  meu interesse acabou. Os diálogos são toscos demais (Um: "You have to leave!" Outro: "No, I won't let you die" Um: "Leave!!!" Outro: "Noooooooooo, not again!!!" Sério?), o que me leva a questionar como se gasta tanta grana e uma tecnologia fantástica com um roteiro tão descuidado. 

As cenas são alucinantes, saí com uma dor de cabeça chata. Ah, Aaron Eckhart salva o mundo novamente, ou pelo menos uma parte dele. A outra tentativa de ser o herói da vez foi num filme de que gosto muito, apesar de todos dizerem que é ruim demais (O Núcleo, Missão ao Centro da Terra / The Core, 2003).

3 comentários:

  1. Sabe que tenho esse filme no hd já tem um tempinho, e até hoje não vi? Mas depois de post animei de ver. Afinal, Penn + Liman só pode dar coisa boa. =D
    Esse da batalha não faz meu tipo, mas o Eckhart faz muito...Já que os diálogos são fracos vou ver no mudo, e prestar a atenção na atuação dele.
    hehehe

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  2. Quando você falou "instituições governamentais", o que me veio na cabeça foi, provavelmente, o único filme do gênero que eu gostei a ponto de comprar (não sou muito fã desse tema): A intérprete. Também com o Sean Penn, e com minha personal favorite Nicole Kidman, genial no papel. Eu adoro, lembro que na época que vi, lá atrás em 2004, se não me engano, eu fiquei interessadíssimo por essa coisa de línguas, queria aprender várias, cheguei a cogitar o curso de Línguas - Tradução. Depois passou, eu saquei que mais queria aprender pra falar, e não pra traduzir ou ensinar. Logo percebi que meu interesse em falar outros idiomas era puramente pra viver experiências, conhecer outras culturas - nada tão próximo do que passou a coitada da Kidman no filme, mas enfim.
    Clint Eastwood é da época boa do Gorillaz. Depois disso, nada prestou.
    Aaron Eckhart, eu admiro (e como), mas não a ponto de assistir esse filme. Fica pro próximo. Tipo O Cavaleiro das Trevas. Neste sim.
    bjo

    [j]

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  3. Hehe, senti o mesmo com O Intérprete... Acho que o acesso a muitas coisas influenciou isso. Acesso a idiomas diferentes, a lugares, pessoas. Gosto do fime, adoro Nicole e Sean - a intimidade é uma droga, rs. Mas tem um do George Clooney com Nicole Kidman que adoooro e vejo sempre que passa no meu caminho. Qual o nome??? Vou lembrar.
    To aaamando os comentários, me traz tanta coisa na cabeça...rs. Conversa boa.
    Bjo bjo!!!

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