terça-feira, 26 de abril de 2011

Reading.


Ontem chegou para mim um texto muito fofo: Date a girl who reads {Rosemary Urquico}.


Gostei do nome do blog... adorei o texto.

Fiquei um pouco triste, confesso. Ao ler a delicadeza, senti como se eu escrevesse com luvas de aço.

Mas, em alguns trechos, eu me vi muito claramente.

E são eles que trago aqui, hoje. Enjoy!


Find a girl who reads. You’ll know that she does because she will always have an unread book in her bag. She’s the one lovingly looking over the shelves in the bookstore, the one who quietly cries out when she finds the book she wants. You see the weird chick sniffing the pages of an old book in a second hand book shop? That’s the reader. They can never resist smelling the pages, especially when they are yellow.
She’s the girl reading while waiting in that coffee shop down the street. If you take a peek at her mug, the non-dairy creamer is floating on top because she’s kind of engrossed already. Lost in a world of the author’s making. Sit down. She might give you a glare, as most girls who read do not like to be interrupted. Ask her if she likes the book.


Buy her another cup of coffee.


Let her know what you really think of Murakami.
Essa para mim foi a melhor... E me lembrou um trecho de Murakami himself, em After Dark. Um diálogo que amo entre o garoto  meio sem noção e a menina que lê. Genial.
 

Understand that she knows the difference between books and reality but by god, she’s going to try to make her life a little like her favorite book. It will never be your fault if she does.

She has to give it a shot somehow.


Why be frightened of everything that you are not? Girls who read understand that people, like characters, develop. Except in the Twilight series.


Boa também. Realmente, eu adoro twilight, mas aquele povo não se movimenta.

If you find a girl who reads, keep her close. When you find her up at 2 AM clutching a book to her chest and weeping, make her a cup of tea and hold her. You may lose her for a couple of hours but she will always come back to you. She’ll talk as if the characters in the book are real, because for a while, they always are.

Date a girl who reads because you deserve it. You deserve a girl who can give you the most colorful life imaginable. If you can only give her monotony, and stale hours and half-baked proposals, then you’re better off alone. If you want the world and the worlds beyond it, date a girl who reads.

Or better yet, date a girl who writes.



Big Smile...



segunda-feira, 25 de abril de 2011

Sem Limite

(Limitless. Neil Burger, US, 2011).

O final de um filme pode nos levar do céu ao inferno. Ou pode ser o contrário também.

Nesse sentido eu penso em A Ilha do Medo (Shutter Island. Martin Scorsese, US, 2010). Um Lobsomen Americano em Paris (An American Werewolf in Paris. Anthony Waller, UK / Holanda / Luxemburgo/US/França, 1997) foi um filme que me chamou muito a atenção para a importância do final em um filme.

Em Limitless, saí realmente aliviada. O filme todo ia num sentido, eu já estava em pânico, e, ao final, bam. Finalmente um final sem moral da história. Ufa.

domingo, 24 de abril de 2011

Rio

(Carlos Saldanha, US, 2011).

Túlio Monteiro (dublado por Rodrigo Santoro em inglês) é o único nome brasileiro em filme americano que fez sentido...

E ele tem um nariz lindo.

Eu quero uma livraria em Minesotta...

O Cristo em animação me emocionou...

Engraçado o cidadão voando de asa delta e gritando enlouquecidamente. Eu não conseguia nem pensar, quanto mais gritar...



quinta-feira, 21 de abril de 2011

Fixação com a Jornada


Hoje foi uma aventura conseguir assistir a um filme. Atrasada, como sempre, entrei de graça no cinema porque a fila estava lotada de famílias para o Rio e os caixas eletrônicos estavam sem conexão. Deixaram eu entrar, eu corri para comprar pipoca e entrei na sala. Nada do filme, achei que estava com sorte. Sentei, respirei e esperei. E nada do filme. Vinte minutos depois, uma pessoa de decisão resolveu ver o que acontecia e descobriu que não havia filme - A Garota da Capa Vermelha estava na programação do cinemark, mas ainda não havia chegado. Ok.

Olhei para a pipoca, ela olhou para mim. O jeito era entrar em outra sala. O filme disponivel para o horário era Eu Sou o Número Quatro (I am Number Four. D.J. Caruso, EUA, 2011). Entrei.

Há umas três semanas, li o livro A Jornada do Escritor: estruturas míticas para escritores (Christopher Vogler. Rio de Janeiro: Nova Fronteira:Sinergia:Ediouro, 2009) para uma aula. Eu considero a Jornada do Herói, conforme descrita por Joseph Campbell, um dos estudos sobre mitologia mais importantes para o entendimento das narrativas com que já tive contato. Vogler utiliza-se da Jornada do Herói como modo de avaliar uma história - ele é leitor de roteiros em Hollywood. O caminho de conscientização do herói, em suas diversas etapas, é, segundo ele, um instrumento de coerência para a criação de histórias.

Eu briguei muito com o livro, apesar de não achar que ele diga algo errado. Apenas penso que a Jornada do Herói é muito grande para enquadrar-se na análise que Vogler propõe. Mas a danada funciona, sem dúvida. E, além disso, grudou em mim como música ruim. Entro no cinema e, quando percebo, estou  pensando na história diante de mim segundo a Jornada do Escritor.

Muita explicação para dizer o seguinte: Timothy Olyphant, um ator de que gosto muito (fofo, mesmo com a boca torta), passou de herói a mentor. Com cabelos brancos, ele agora assume outro papel na Jornada do Herói. Foi uma surpresa boa, não sabia que ele estava no filme. E um lembrete para sair do computador e assistir a Justified, série com Olyphant que já está na segunda temporada.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

You Change Your Life By Changing Your Heart








 Por um tempo, a Chris me enviou algumas fotos muito fofas por email. Eu achava todas lindas... Elas chegavam pelo reader, e só depois de me apaixonar muito por elas fui procurar o site de origem.


 



icanread.tumblr.com.







Um site de compartilhamento, o tumblr abriga blogs. i can read é um deles, e eu viajo todo dia por ele. As pessoas postam fotos e palavras das formas mais divertidas, queridas, doces e melancólicas. Os panos de fundo do meu computer são todos de lá, e é uma briga, porque gosto muito de muitos.



O amor pelos livros e pelas histórias está em muitos dos posts...

 


 


Assim como declarações - doces ou irônicas.






Sua presença na minha imaginação ficou tão grande, e o desejo de compartilhar essa viagem díária se tornou tão constante, que o trouxe aqui.


Gosto muito das palavras na pele.





Trago também algumas das fotos de que mais gosto. Mas são muitas, e a viagem é muito particular. Vale dar uma passada por lá. 











Finalmente, frases que dizem muito sobre mim...








Carinho grande e boa páscoa!


segunda-feira, 18 de abril de 2011

"Dead Man, get your ass down here!"

Haruki Murakami, The Wind-Up Bird Chronicle.


Incrível. Uma viagem que não deu para fazer rapidamente, mas que acelerou nas últimas 200 páginas. Acho que da forma como a história foi pensada e publicada originalmente, em três livros, funcionaria melhor que a edição única. Eu pirei na narrativa. Muito rica, diversa, de acordo com os diferentes personagens - o eixo é Toru Okada, uma figura. Forte, o livro me balançou várias vezes. Entrou nos meus sonhos também, mas ao lê-lo, dá para entender por quê.

 
Trago aqui vários trechos. São citações que me levaram para outros lugares. Assim acontece com muito do que li e já citei aqui, até agora. Embora, por outro lado, muitas citações digam respeito à história e aos personagens em si, e aí fica uma viagem só para quem leu. Mas cito mesmo assim. Nem pensar em limitar uma viagem! Enjoy!

Oh, what the hell. (...) If something was going to happen, let it happen. If something wanted to happen, let it happen.” (p. 60).
The passage of time will usually extract the venom from the most things and render them harmless. Then, sooner or later, I forgot about them.” (p. 79).

So he was an easy-listening freak. It suddenly occurred to me that true believers in hard-driving jazz – Albert Ayler, Don Cherry, Cecil Taylor – could never become owners of cleaning shops in malls across from railroad stations. Or maybe they could. They just wouldn’t be happy cleaners” (pp. 81/82).


Sometimes, when one is moving silently through such an utterly desolate landscape, an overwhelming hallucination can cause one to feel that oneself, as an individual human being, is slowly unraveling. The surrounding space is so vast that it becomes more and more difficult to keep a balanced grip on one’s own being. I wonder if I am making myself clear? The mind expands to fill the entire landscape, becoming so diffuse in the process that one loses the ability to keep it fastened to the physical self.” (p. 139) – Este é o cinema: An utterly desolate landscape.

Certain kinds of information are like smoke: they work their way into people’s eyes and minds whether sought out or not, and with no regard to personal preference.” (p.197).

“Results aside, the ability to have complete faith in another human being is one of the finest qualities a person can pocess.” (p. 201).

Two thirds of the earth surface is ocean, and all we can see of it with the naked eyes is the surface: the skin. We hardly know anything about what’s underneath the skin.” (p. 226).

“The reason that people sing songs for other people is because they want to have the power to arouse empathy, to break free of the narrow shell of the self and share their pain and joy with others. This is not an easy thing to do, of course.” (p. 239).

One has no choice but to look at one’s reflection in the mirror. Through experience, we come to believe that the image is correct, but it is just a belief.” (p. 282).

Without a true self, though, a person cannot go on living. It is like the ground we stand on. Without the ground, we can build nothing.” (p. 306).

It depends on which reality you take and which reality I take.” (p. 318).

“She did not offer any explanations, and I did not ask for them. I simply did as I was told. This reminded me of several so-called art films I had seen in college. Movies like that never explained what was going on. Explanations were rejected as some kind of evil that could only destroy the films’ “reality”. That was one way of thinking, one way to look at things, no doubt, but it felt strange for me, as a real, live human being, to enter such a world.” (p. 380).

Why “more real”? Trying to explain that logically, in words, would be very, very, very hard, but maybe if you take the path my life has followed as na example and really think about it, you can see that it has had almost nothing about it that you could call “consistency.” (p. 461).
In there, his silent words lived and breathed as stories.” (p. 527).
“…my head has lot of openings!” (p. 528).
Even if I could have believed in the communist ideology, I could no longer believe in the people or the system that was responsible for putting that ideology and those principles into practice.” (p. 539).

“I was dying. Like all the other people who live in this world.” (p. 590).

As they fell, the tears caught the light of the themoon and sparkled like beautiful crystals. Then I noticed that my shadow was crying too, shedding clear, sharp shadow tears. Have you ever seen the shadows of tears, Mr Wind-Up Bird?” (p. 594).


Rachel Caine, Ghost Town.

Nono livro da série Morganville Vampires. Muito legal, divertidíssimo. Este foi menos agitado que os outros, mas o final é bombástico, rs. Espero só que ela não se perca na imensidão... Até agora, tudo tranquilo, cada novo livro acompanha bem o anterior e traz mudanças interessantes. Shane - é dele a frase título deste post - é personagem primo de Jace, de Mortal Instruments. Falando nisso, preciso pegar meu livro, o quarto, que já chegou. Ahhhh.


sexta-feira, 15 de abril de 2011

Upgrade... Uprising... Upemotion.



Quarta, dia 13 de abril de 2011.
Não é por nada, mas os céus estava olhando para mim.
Duvida?
Ok, here we go.


Segundo show do U2 para mim, terceiro em São Paulo. Sabe quando você compra uma passagem para a classe econômica, espera a maior bagaceira e, quando chega no check in, descobre que houve um upgrade para a executiva?

Então, upgrade total na quarta-feira. E up para algo que já havia sido incrível, porque o show do sábado foi surreal.

Todos os ventos a meu favor. Carlota, a Santa Rockeira do povo sem transporte (!!!), conseguiu novamente a van para todos, a um preço ótimo. Paramos ao lado do portão em que eu tinha de entrar. Ingressos trocados com uma amiga, comecei a estranhar quando colocaram a pulseirinha no meu pulso.
  

Cadeira Azul Premium. Ops, alguma coisa tá acontecendo aqui. Quando entrei, vi. Primeira fileira, na grade da cadeira, um lugar vazio. Sentada entre um casal de Minas e uma fã do MUSE que veio de Aracaju, já agradecia a minha sorte.

Quando fui ao banheiro, quase ajoelhei. Brincadeira, você ri, mas não viu a fila do sábado. Só lembrava da Renata. Quase chorei ao entrar num banheiro que, além de perto de onde eu estava, tinha até papel toalha para as mãos. Comprar a cerveja e a ruffles foi fácil também, e aí eu já podia perceber que estava tudo para lá de bem.



Minha pilha aumentou locamente. Em vez de blasé por já ter visto o show, fui ficando mais nervosa, mais ansiosa e incrivelmente mais emocionada. Nada de ficar sentada na minha cadeirinha azul querida. Fiquei em pé na grade, guardando o meu lugar para ver o MUSE e o U2 da minha varanda no Morumbi. E com a proteção da bandeira da Irlanda acima da minha cabeça Hoooooooooray.

Thanks, St. Patrick.


Lei de Murphy ao contrário: havia comprado capa de chuva verde, estava preparada para a chuva no MUSE - o Bono, a meu ver, tem um acordo com  São Pedro e não choveu em nenhum dos três dias na hora do show do U2. Antes e depois, sim, mas na hora, never. Então eu estava preparada. Mas o céu foi clareando, clareando e, no começo da noite, a lua já estava ali, linda. Um efeito especial lindo num show já lotado deles.



Com o MUSE eu quase tive um treco. Entraram com a introdução da turnê do Black Holes and Revelations. O som estava alto, bom, forte. Intenso como eles são. Eles usaram mais o palco, espalhando tudo o que têm de bom no Morumbi, que, finalmente, reagiu à altura. Galera enlouquecida, eu em frangalhos. Fiquei feliz demais. Demais, demais. Daquela grade eu não largava nem a pau.


Agora era esperar o U2. Relógio andando devagar, claro. A cadeira foi lotando, lotando, e eu ali. Só esperando. Era só eu e a minha pilha emotiva, esperando, esperando.


Do show do U2 eu já falei muiiiiiiiiiiiiito antes. Again and again, mesmo já tendo visto, as emoções voltaram, intensas. Agora, mais de perto, elas pioraram um  pouco. O povo estava doido, cantando alto, se despedindo do show. E tudo ao vivo na rádio e na internet - vale acessar o site do U2 para ver os comentário around the world (www.u2.com).



Sim, sim, o Bono estava mais rouquinho - muita gandaia em SP. The Edge deu uma forcinha, a galera também. Esta deu um show, como Bono disse. Uma noite linda, com a lua sempre ali, maravilhosa, testemunhando a felicidade da pessoa.

Ontem eu estava o pó. Hoje, depois de dormir mais que a cama, quis relembrar tudo aqui. Contar mais essa viagem incrível. A questão é que, mesmo registrado, toda essa vivência parece um filme. Um sonho montado em luzes e sons.

Muito, muito feliz.



U2, 360 Graus Tour. São Paulo, Estádio do Morumbi, 13 de abril de 2011.