domingo, 29 de maio de 2011

Your Hands Are Cold

Notícias de quarta-feira (atrasadíssima, eu sei):

Não muitos posts atrás, eu disse como gosto de livros baseados em autores ou personagens de livros. Nesta semana, acabei de ler o último deles que chegou às minhas mãos, Austenland, de Shannon Hale.
Não foi o mais legal, nem o mais querido, dos que já li, mas me diverti muito. É uma conversa boa e engraçada sobre os filmes, livros e personagens na nossa vida, como eles nos acompanham e fazem parte da nossa existência. Mesmo quando se insistem em afirmar e reafirmar que eles não são reais.

Alguns trechos me lembraram muito a versão de Joe Wright para Orgulho e Preconceito (Pride & Prejudice, France/Uk, 2005), embora o filme não apareça nas referências da autora - que eu achei estranho, já que o achei tão presente. A maior citação é a séria para televisão da BBC (UK,1995), com Colin Firth. Desta eu gosto, mas não amo. Achei a adaptação muito factual. O meu preferido é mesmo o filme de Joe Wright, e adorei ver a frase de uma das cenas mais legais do filme e de uma das músicas da trilha sonora - your hands are cold - em outro contexto.


Como curiosidade, vale ressaltar que a versão comentada de Pride & Prejudice é linda. O cuidado de Wright com a adaptação, presente nos detalhes que ele explicita, é de encher o coração. A cena inicial, em que Elizabeth leria a prórpria história, eu adoro. A criada da casa que sempre aparece cantando pode passar despercebida.

Personagens que conversam sobre livros, filmes, músicas são os meus preferidos. Haruki Murakami, em After Dark, traz um dos meus diálogos favoritos, quanto Takahashi tenta contar para Mari o filme Love Story... bizarro e engraçadíssimo - esse diálogo está em post mais antigo, na época em li o livro. Seth - ah, Seth - tenta explicar como sente o amor com Ultraviolet, do U2, em um dos livros da série Georgina Kincaid, de Richelle Mead. Jane Jameson é uma leitora e cinéfila compulsiva em Nice Girls Don't Have Fangs, de Molly Harper, e sua visão de mundo peculiar advém desse relacionamento com a literatura e o cinema.


Desses eu lembrei agora, mas há muitos outros, thanks God.

A seguir, alguns trechos de Austeland:
Besides being witty and funny and maybe the best novel ever written, it’s also the most perfect romance in all of literature and nothing in life can ever measure up, so I spend my life limping in its shadow.” (p. 6). About P&P.
At a very young age, she had learned how to love from Austen.” (p. 18).
Jane thought she understood why Austen often left these conversations up to the narrator and spared the reader the grotesquerie of having to follow it word by word.” (p. 93).

"Why was the judgment of the disapproving so valuable? Who said that their good opinions tended to be any more rational than those of generally pleasant people?” (p. 112).
No cinema, o filme foi Chuva (Lluvia. Paula Hernándéz, Argentina, 2008). No cinema precário do Liberty Mall, o filme ficou mais escuro do que é, dando uma sensação grande de claustrofobia. Mas eu gostei demais. E toda vez que lembro de Chuva- agora, quatro dias depois de vê-lo -, penso com mais carinho nele. Gosto demais da chuva batendo na janela do carro. Gosto de dirigir na chuva, gosto de pegar carona na chuva do cinema. Assim, o filme me trouxe para dentro dele muito rapidamente. A vida de Alma, toda dentro do carro, também não me é estranha. Tenho tudo dentro do carro, tanto que já virou piada. É chuveiro, vinho, mangueira... e livros, claro.

E a chuva que não pára? No filme, o único oásis às avessas, isso é, o único lugar ao sol é artificial. Mas é um descanso, um retiro, um distanciamento do mundo. Nem sempre a natureza, a realidade, a rotina é o nosso lugar.
Daí novamente os filmes e livros...

                                                                                                                                            
PS: Durante todo o filme, tive uma sensação engraçada de conhecer muito bem a atriz. Mas algo não encaixava, não fazia sentido. O que via daquela atriz ali não encontrava a lembrança incompleta em mim. Então o cérebro resolveu funcionar e lembrei: em alguns momentos, Valeria Bertuccelli (a foto ao lado), de Chuva,  é muito parecida com Shiri Appleby (abaixo), da série de TV Life Unexpected. Separadas pelo nascimento, rs.

               


3 comentários:

  1. Muito parecidas mesmo. Esses dias vi uma foto do Brad Pitt ao lado do Benício Del Toro, falando de como eles são parecidos. Nunca tinha me tocado, fora que sempre achei o Benício feio. Passei até achar bonitão.
    Dri, vc Já viu Somewhere? O que achou do filme?

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  2. Lê, Benicio Del Toro eu amo, e acho um feio maravilhoso...rs. Você já viu o Inside Actors Studio com ele? É apaixonante.

    Somewhere não vi ainda. Perdi no cinema em SP, e aqui não vi chegar. Tô baixando. Quero muito ver. Li uma reportagem sobre o Chateau Marmont quando do lançamento do filme, e há histórias muito doidas. Umas delas, inclusive, com o Benicio (intimidade é uma droga...).

    Vc já viu?

    Bjo bjo!!! Drix.

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  3. Vi, e queria entender algumas coisas. Quando ver me fala.
    O Benicio faz um comentário ótimo no filme. =D
    Não vi o Inside, vou procurar para baixar então.
    Beijo.

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