sábado, 7 de maio de 2011

I like beautiful movies telling me terrible things...

Finalmente terminei Juliet (Anne Fortier, US, 2010). Ando muito lenta para ler, a cabeça está pifando, rs. Demorei a engatar no livro, mas depois que isso aconteceu, foram duas noites sem dormir e uma manhã embaixo das cobertas, com chazinho e fim de livro (ontem). Eu simplesmente adoro livros que ficcionem autores ou criem outras histórias a partir de narrativas já conhecidas. Me and Mr. Darcy (Alexandra Potter, UK) foi um dos primeiros que li nesse sentido, pelo que lembro. Comprei num posto de estrada na Inglaterra e não me arrependi. Outros vieram, mas ele ainda é meu preferido. E tudo que aparece com Jane Austen me atrai, a partir desse livro. Ao pesquisar a autora para este post, descobri um outro livro dela que me chamou a atenção, principalmente depois de Juliet: Calling Romeo. Hohoho (Kal, peguei...), lá vou eu again!
De Juliet eu gostei muito. Eu me diverti horrores. No final, estava quase comendo as páginas. Ficcionar a ficção é muito legal. Do mesmo modo como ela cria outros mundos em mim, permite o surgimento de outras narrativas no papel. O começo do livro me lembrou a estratégia de Twilight - e de muitos outros, pois o prólogo que nos antecipa o futuro não é incomum - e alguns aspectos da trama me lembraram O Código da Vinci, na descoberta  de uma trama secreta... Mas na verdade ele não se parece com nenhum dos dois. Então, esquece o que eu disse, rs.

"They say I died.
My heart stopped, and I was not breathing - int eh eyes of the world I was really dead. Some say I was gone for three minutes, some say four; personaly, I am beggining to think death is mostly a matter of opinion.
Being Juliet, I suppose I should have seen it coming. But I so wanted to believe that, this time around, it would not be the same old lamentable tragedy all over. This time, we would be together forever, Romeo and I, and our love would never again be suspended by dark centuries of banishment and death. 
But you can't fool the Bard. And so I died as I must, when my lines run out, and fell back into the well of creation. 
O happy pen. This is thy sheet.
There ink, and let me begin."
(The Prologue).  

Thor. Keneth Branagh (como assim? Eu não sabia), US, 2011.

Fun, fun, fun. Duas horas de férias num dia bobo...
E, parafraseando Jane, Oh My God (Thor's abs não fazem mal à vista de ninguém).

Encontrando a Felicidade (Rabbit Hole). John Cameron Mitchel, US, 2011.

Como eu amo quando os tradutores de título no Brasil traduzem, no nome, a sua leitura do filme...

Intensidade + delicadeza incríveis = uma fórmula mais secreta que a da coca cola e que varia muito. Assim, poucos a consequem alcançar de forma honesta. E Nicole Kidman destroçou meu coração. Sem exageros. Um filme sobre perdas, não somente a específica da história. A moça da limpeza se assustou tanto comigo chorando que saiu correndo... Como eu amei esse filme.

Este, aliás, é um aspecto de que gosto muito nas salas do Embracine: a equipe de limpeza somente entra ao final dos créditos, enquanto houver alguém na sala. É um respeito ao espectador que não se encontra mais. No Embracine, vivenciei outra experiência rara hoje: ao final de A Partida (Okuribito. Yôjirô Takita, Japão, 2008), a sala relativamente cheia, ninguém levantou, falou ou saiu da sala. 

Outra ocasião em que isso ocorreu, foi com uma dos filmes da minha vida: Léolo (Jean-Claude Lauzon, França/Canadá, 1992), no Cine Brasília. Final do filme, silêncio e choque absolutos. 

Parce que moi, je rêve, moi, je ne suis pas...

icanread.tumblr.com

4 comentários:

  1. Sobre Me and Mr. Darcy, que delícia esses tesouros que vamos recolhendo literalmente à beira da estrada, né?

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  2. Muito legal! O livro apareceu no mesmo dia do cobertor para pique-nique, lembra? Paradinha boa aquela...rs.

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  3. Olá,
    Acabo de descobrir o teu blog e adorei! Achei porque entrou com link parecido com um post meu. Gostaria que você conhecesse o ArteAmiga, começando por aqui: http://arteamiga.wordpress.com/2011/04/28/a-trilha-sonora-de-cada-um/
    Bom fim de semana,

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  4. Dri, olha a Nicole fez um trabalho excepcional nesse filme. Me coloquei no lugar dela o filme todos, e as lágrimas só rolavam. Fiquei ainda alguns dias com o filme na cabeça. Adorei.

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