quarta-feira, 4 de maio de 2011

Pára o mundo que eu quero descer...

Ontem eu falava como gostaria de pedir asilo a Marte. O mundo está parecendo muito para mim. Hoje, novamente aquela vontade de fugir do planeta diante de um ataque ao meu espaço pessoal inacreditável.

Quando quero descer do mundo, eu corro para o cinema. Ele é meu asilo mais próximo. Hoje não tive dúvidas, só o escuro da sala me colocaria de novo com os pés do chão.

O filme, Água para Elefantes (Water for Elephants. Francis Lawrence, US, 20110, eu queria já ter visto há dias. Muita vontade e eu cheguei nele cheia de ressentimento. Então, preciso vê-lo novamente para entender o que ele me trouxe. Fotografia linda, bem cuidada, no entanto eu não sei se a direção é apressada ou se eu que estava meio impermeável à beleza. Mas tenho a impressão de que a história não empolga. Talvez tenha faltado um pouquinho mais de paciência no desenvolvimento da trama, que é bastante interessante.  

Essa falta de paciência, uma espécie de pressa para contar uma história, parece contaminar muitos filmes hoje. O argumento é ótimo, a trama vai bem, os personagens e atores, massa, mas a danada da pressa compromete muito. Uma narrativa construída com cuidado, honestamente, é uma delícia de se ver, ler, ouvir.

Rob Patz está melhorando, o bonitinho. Que, aliás, está incrivelmente lindo no filme. Mais solto também, embora eu ache que ele se segura muito ainda na atuação. O polonês de seu personagem fica travado na língua. O que já não acontece com Christoph Watz, que está se tornando o meu psicopata favorito no cinema. 

Na última visita à Cultura, esbarrei com o livro. Na próxima, saio com ele da loja. Afinal, os livros também são uma forma de colocar meus pés no chão.


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