sábado, 1 de dezembro de 2012

Nos últimos minutos de Novembro...

.... os primeiros filmes do mês.

Amanhecer Parte 2 foi um evento de tal porte que atropelou os filmes e livros que vieram antes dele neste mês. E antes que Dezembro chegue - daqui a pouco -, eu os trago aqui.

Novembro começou com Diário de Um Banana: Dias de Cão (Diary of a Wimpy Kid: Dog Days. David Bowers, US/Canadá, 2012), filme obrigatório com a minha sobrinha. Principalmente por ela e por uma amiga, passei a gostar muito da série. Neste, o mais divertido é sem dúvida Rodrick, personagem que tem crescido muito, uma figura divertidíssima. O cover de Baby, de Justin Bieber, me levou ao riso histérico e à vontade de ver o filme novamente. Só ainda não tive ânimo de chegar aos livros.

Seu fofo!!!!
Frankenweenie (Tim Burton. US, 2012), foi o próximo, e um amor imediato. Bom, na verdade, já cheguei ao cinema gostando demais do filme, numa pré-disposição difícil de não ter quando se trata de Tim Burton, para mim. Bom, eu já me decepcionei com ele, infelizmente... mas não dessa vez - sempre um alívio. O filme é fofo, num ritmo e estética diferentes, que dizem muito por si só. O filme tem sua história num tempo atual, mas toda a estética é dos anos 50. O atraso e conformismo de uma época que se acha tão moderna, mas está cada vez mais retrógrada. Amei.

Argo (Ben Affleck, US, 2012) foi uma surpresa boa. O filme está muito elogiado, mas é aí que tenho mais medo do que vou ver. Há muitas críticas também, mas não saí do filme com elas. Ele é empolgante, inteligente, inacreditável - uma missão secreta divulgada apenas no governo Clinton é a base do filme. E, fora alguns furos pequenos na direção e no uso da trilha sonora, Ben Affleck promete melhores dias como diretor. 

Engraçado, ontem escrevi que sua estreia na direção tinha sido excelente... até me alertarem que, na verdade, ele já havia dirigido outros dois filmes. A minha memória é um horror; eu passei a tolerar Ben Affleck faz bem pouco tempo (não o aguentava, de verdade)... mas, mesmo assim, me espantei com o esquecimento. De The Town (Atração Perigosa, 2010) eu gostei, embora tenha achado banal. Ao pesquisar para este post, interessou-me o seu primeiro curta na direção, ainda quando era estudante (como denuncia, aliás, o título): I Killed My Lesbian Wife, Hung Her on a Meat Hook, and Now I have a Three-Picture Deal at Disney (1993). Gone Baby Gone (Medo da Verdade, 2007) também foi bastante elogiado, mas como ainda é da época em que eu torcia para Affleck se tornar corretor de imóveis, não cheguei nem perto. Agora, talvez, quem sabe... ? 

Geralmente não me entusiasmo muito por shows no cinema - o conceito é legal, mas como shows são meus lugares favoritos no mundo, além de certas cidades (Bonjour, Paris), eles sempre acaba deixando por desejar. Mas como documentários são incríveis. E foi isso que percebi em Queen - Hungarian Rhapsody, filmado em Budapeste, 1986. Inacreditavelmente, eu nunca havia visto uma entrevista com  Fred Mercury, muito diferente e divertido fora dos palcos. Só por isso, já valeu. Mas o show, mesmo com a péssima qualidade da gravação, foi lindo e emocionante. 

No dia da pré-estreia de Amanhecer Parte 2, resolvi assistir a Crepúsculo (Twilight. Catherine Hardwicke, US, 2008) no cinema, numa maratona da saga realizada pelo Cinemark. Fui com minha sobrinha, e como já vimos o filme várias e várias vezes, foi uma falação durante toda a sessão. Fora um moço estranho que saiu no meio do filme, o cinema estava vazio, assim, a conversa pode ir longe. E, por mais que este primeiro seja um dos mais mal feitos da série, ele sempre me traz um sorriso e uma certa melancolia, algo que os outros ficam longe de conseguir. 

As Palavras (The Words. Brian Klugman, Lee Sternthal. US, 2012) é o exemplo do que pode fazer uma história bem contada. O enredo é quase banal, se formos pensar linearmente. Mas o modo como a narrativa é desenvolvida é tão vivo e se assemelha tanto à leitura de um livro (como eu amo quando isso acontece), que eu fui ficando por ali, extremamente feliz de estar no cinema - uma vivência que, por mais rotineira que seja, nunca se torna banal, principalmente diante de filmes bem cuidados como é As Palavras. Numa época em que tenho sentido a pressa sobrepor-se à delicadeza nas produções cinematográficas, esse cuidado com a história é uma boa surpresa.

As séries também foram foco na literatura. Além da bizarrice assustadora dos já citados no post anterior, cheguei a duas outras séries em novembro. 

Black Dawn é o 12º livro de uma série por que tenho muito carinho, Morganville Vampires, de Rachel Caine. Os personagens principais são ótimos e fofos, e são um quarteto, não um triângulo (embora ele ocorra de forma mais secundária, como não pode deixar de ser). Os personagens secundários são bons também e crescem a cada capítulo. Mas por este último eu me arrastei, o que é uma pena. A autora já anunciou que serão 15 volumes, e espero que ela consiga chegar até lá com um mínimo de dignidade -  o que acho bem difícil, infelizmente. 

Uma amiga querida, e a livreira mais amada e amável que conheço, chegou à cidade para uma visita. Ao separar uma série de vampiros para emprestar a ela, eu resolvi ler - ao contar que tinha uma vamp série comigo há uns dois anos sem ler, ela não acreditou. Como assim não leu? Bom, sobre a família Argeneau, saga escrita por Lynsay Sands, eu já havia lido Love Bites, mas não me entusiasmei muito. Não é ruim em si, mas bastante semelhante a muita coisa que já li. Depois do fiasco com alguns livros em novembro (...), eu resolvi  dar uma chance à série - que tenho lido fora de ordem, como gosto de fazer com séries que não são tão importantes (essa inversão no tempo pode ser muito divertida). Bite Me If You Can e Single White Vampire continuam a girar em torno dos membros imortais da família Argeneau e suas almas gêmeas, ainda sem muitas surpresas, mas sem nada terrivelmente infame também. 

E assim, chegamos a Dezembro... Wake me up quando o mundo acabar.




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