segunda-feira, 23 de julho de 2012

Blogueira preguiçosa se ausenta, mas antes...

Correria, confusão, sinusite e duas semanas bem agitadas adiante, além do usual passo lento em escrever sobre os filmes e livros e histórias que movimentam meus dias e sonhos, contribuíram para o Viagens estar bastante atrasado - há muitas coisas a contar - e o Degraus completamente à espera de que uma história nova se forme.

Mas, antes de, em agosto, finalmente colocar em palavras os encantamentos, incômodos, divertimentos dos filmes e uma longa história que tenho tido com os livros de Nora Roberts (aguardem cenas dos próximos posts, pode surpreender, rs), convidei alguém muito especial ao Viagens. Essa era uma ideia presente desde o início dos blogs e que agora, com a autorização da minha querida Sis, eu concretizo, esperando que seja a primeira visita de muitas.

A arte nos une. Aproxima-nos. Dividimos paixões, indignações, novas descobertas. A empatia que uma história proporciona, o modo como ela aproxima, é indescritível. Mas Kal,  uma amiga e irmã desde sempre, autora do Batendo Perna, conta dessa proximidade em histórias, no seu último post. 

E aqui ele está, com carinho : )

sexta-feira, 13 de julho de 2012 
Com o passar dos anos,  uma mudança insinua-se no estilo de viagem do viajante. Penso não ser um evento isolado no meu estado de espírito, já que percebi o movimento em viajantes com quem cruzei pelo caminho.
Menos do que um temor, assalta-me vez por outra, uma percepção  assustada da quebra do padrão de comportamento e até de sentimento em torno do ir e do ficar e do como equando fazer isso.
As minhas questões vem sendo maturadas através da ficção e são os os personagens das maravilhosas estórias que tem me buscado (sim, os livros nos procuram) que têm me auxiliado a compreender e aceitar os processos aos quais somos submetidos.
Uma história sincera e leal tem o poder de nos afetar mais ampla e profundamente do que vários tratados a respeito da aflição que nos atinge. É como minha amiga e irmã  Adriana escreveu - a quem peço licença para transcrever um trechinho do seu texto com que me identifiquei completamente:
"Fiction is a way to see the world and to be in it. Understand that life is much more than facts. How people conect and find themselves in amazing characters and stories that can bring so much meaning to what we see and live".
A estória da qual acabo de emergir, lindamente escrita por Angela Becerra e a mim trazida pela minha querida amiga Inox, trouxe-me um reconhecimento e identificação que me ajudaram a entender um pouco mais a transformação que vinha percebendo em minha própria vida.
"Às vezes nos afastamos para tentar nos encontrar. Quando ficamos mais velhos nos perdemos. Não sabemos o que fazer com tanta sabedoria. Seria preferível que nos esvaziassem  e nos deixassem nus diante das intempéries da ignorância. O problema da idade é que, de repente, nada mais nos surpreende, e a vida está na surpresa."
Ao invés de satisfazer os desejos surgidos com a urgência da sua intensidade, começou a surgir espaço para deixar o prazer da satisfação para um momento mais oportuno...
Todos os planos previa e cuidadosamente tecidos passaram a ser preteridos por anseios mais imediatos e corriqueiros ou pela falta de anseios de qualquer espécie...
Ficar, ao invés de ir como planejado... Voltar... Regressar... Buscar o que ficou pra trás...


Com a passagem dos anos e a partida da juventude, podemos perceber que nós, humanos expostos e sofridos pela ação do tempo, temos um poder imenso. Justamente o que falta ao tempo. Podemos parar. Podemos regressar. E, principalmente, podemos decidir quando seguir em frente.



PS: Precisei formatar o original para a citação aqui, mas ele se encontra, muito mais lindo, em http://www.batendoperna.blogspot.com.br/2012/07/o-que-falta-ao-tempo.html#comment-form
PS2: By the way, a Adriana da citação is me : ) Chic, hem?


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