segunda-feira, 16 de abril de 2012

Three is company

Ontem, domingo, dia de sol, muitas possibilidades... perfeito para me internar no cinema, na hora do almoço, e assistir a  vários filmes seguidos.

As escolhas de ontem forma simples. O horário determinou algumas dela, e um comentário de Kal, sobre como eu gostaria da pegada (amei isso) de um dos filmes me levou à última sessão do dia. Mas chega de enigmas, certo?

Como Agarrar meu Ex-namorado (One for the Money. Julie Anne Morinson, US, 2012) foi o filme do meio dia, onde tomei o café da manhã. Eu estava  com os dois pés atrás com esse filme, mesmo que curiosa, e todos eles se confirmaram. Mas como eu me diverti - mesmo que não tanto quanto o carinha de duas fileiras acima, desesperado para chamar a atenção da menina que o acomanhava : ) Incômodo, mas fofo anyway.

O Ranger de Sunjata, hilário
Eu me diverti com a história. Bom, isso quando não brigava com o cabelo de Katherine Heigl e com a cafonice infinita do filme. Acho que houve aqui uma tentativa de trazer o ambiente dos livros de Jane Evanovich (que eu não conhecia), uma cidade pequena, uma família grande e intrometida, um lugar sem muitas opções para Stephenie Plum, a personagem da série, resolver seus problemas. 

O'Mara, Irish boy
Katherine Heigl está incrivelmente ruim no filme. Jason O'Mara, ator irlandês que apareceu já em várias séires de TV, é um alívio para os olhos, mas não aparece muito e também não está essas coisas. Eu me diverti mesmo foi com o Ranger de Daniel Sunjata, um ator também constante na TV (ele namorou a Bayley na série de TV Greys Anatomy, em outro papel divertido). Nos livros, ele deve ser uma figura impagável, pois nesse filme, ruim que dói, ele já faz valer o ingresso. 

O mais engraçado foi que, no filme seguinte, 12 Horas (Gone. Heitor Dhalia, US, 2012) ele está também, dessa vez num personagem que seria importante se, ao final, não se mostrasse tão insonso. Mas como eu ria toda vez que o via, totalmente na contramão do filme a que assistia agora.

Filme que anda bem, dá uns sustos, provoca curiosidade - em meio à incredulidade com algumas pataquadas - até chegar ao final, quando vi que tanto Sunjata como o meu vilão querido Wes Bentley (que só faz papéis bizarros e maus, inclusive em The Hunger Games) foram completamente desperdiçados. 

O final é bobo e o clímax, fundamental num suspense, passou longe. E ele me trouxe só imagens erradas...rs. Não conseguia parar de pensar na Lagoona Blue, boneca da personagem de Monster High, que minha sobrinha associa a Amanda Seyfried, mocinha do filme. Bummer.



Assim, passei para o round three, um exemplo de como manter a esperança, rs. De Steven Soderbergh, um diretor com quem eu queria casar por boa parte da minha vida, À Toda Prova (Haywire, US/Irlanda, 2012) é uma mostra do que ele faz quando quer se divertir. E, por mim, ele podia procurar diversão pelo resto da sua vida. Este também foi o terceiro filme, em três semanas consecutivas, que vi com Michael FassBENder. Nada mal também - já estou procurando outros filmes dele em DVD para não passar por uma crise de abstinência na semana que vem : )

Não houve como não pensar em Irresistível Paixão (Out of Sight, 1998), um dos primeiros filmes que Soderbergh fez nessa linha, dez anos após ganhar a Palma de Ouro de melhor Diretor em Cannes com o meu amado Sexo, Mentiras e Videotape (1989) e três anos antes de chegar à mega dimensão de 11 Homens e um Segredo (2001). Out of Sight, com George Clooney e J. Lo, não é muito conhecido por aqui - pelo menos para as pessoas para quem pergunto, rs. Na época em que o vi, passei a sessão entre a admiração com uma história tão boa e divertida, contada de forma que achei inteligente, e a pessoa que me acompanhou e que se encontrava num espírito de porco insistente - queria me provar, a cada cena, como o filme era cafona. Santa paciência, Batman.

Mas o filme é uma delícia. Uma de suas cenas, especialmente, é preferida minha - a Dama e o Vagabundo em excelente forma. Eu a trago aqui... mas tente assistir ao filme, se você não o conhece. É genial, assim como a trilha sonora.


Haywire segue por aí... a trilha sonora é boa também. Os personagens são divertidos e nonsense, mas têm alma. São pessoas, não estão ali somente para criar situações inusitadas. Mas o inusitado aparece, dessa vez numa forma que tem aparecido com os diretores mais consolidados: atores famosos que aparecem às pencas, em personagens maluquinhos, e que criam reações diferentes em nós: surpresa, incredulidade, diversão... As estrelas, aqui, são parte também da construção da narrativa, e ajudam, com o seu currículo, rs, a contar a história.

Gina Carano, lutadora do MMA e novata em Hollywood, circula em meio aos grandes e segura o filme - ela me lembrou Corra, Lola, Corra e, claro, Kill Bill em vários momentos. 

Definitivamente eu gostei da pegada : )




PS: O título deste post veio de History, do The Verve, musica que se encontra a uns dois posts abaixo... And one and one is two, but three is company...

Um comentário:

  1. Dri,
    Eu gosto muito de Irresistível Paixão! É de uma sensualidade deliciosa!
    Engraçado é que eu cheguei a ele através de um blog, há alguns anos atrás.
    Sabia que gostaria da "pegada" do filme, hohoho.
    Beijinho.

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