segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Oscar night... a felicidade de Amélie

Durante a transmissão do Oscar, ainda no Red Carpet, em meio a vestidos e entrevistas, resolvei emprestar a vibração desta noite que é sagrada para mim para colocar em dia os filmes do carnaval - menos um, que merecerá um post à parte... Dá para adivinhar qual??? Dica: ele está concorrendo ao Oscar de melhor filme e é meu preferido... embora muito dificilmente ganhe. Well, não se pode ter tudo na vida, right?

O carnaval foi agitado de filmes. Um sobrinho amado e que mora longe me fez uma companhia querida e divertida a vários filmes.

Os primeiros foram À Beira do Abismo e O Artista, presentes no post abaixo. Foram dois filmes muito diferentes, mas que nos deixaram muito felizes. 

O próximo, e o primeiro inédito aqui no Viagens, foi uma decepção de proporções gigantescas, rs. Nao é que esperássemos muito de Cada um Tem a Gêmea que Merece (Jack and Jill. Dennis Dugan, US, 2011), mas não sabíamos que seria tãaaaaaaaaaao ruim. Eu havia lido coisas ruins a respeito do filme. No entanto, diante do trailer, achei que poderia ser pelo menos engraçado. 

Mas foi uma experiência horrível, que só não foi catastrófica pela presença da minha sobrinha de 8 anos, que se divertiu horrores - afinal, que criança não gosta de piadas escatológicas? O ritmo do filme é inexistente, o roteiro é espantoso de fraco. Mas, ao final, rendeu boas piadas durante a semana: o que vamos assistir hoje? Cada um tem a gêmea que merece, por favor, foi tão bom!!! A piada é sem graça, mas rimos muito mais que no filme : )

O Despertar (The Awakening. Nick Murph, UK, 2011) foi a nossa opção de suspense quase terror. Um filme inteligente de fantasmas e suspense, que teve uma conclusão bastante bacana. Mas ficamos curiosos para assistir a nossa segunda opção, que perdeu apenas pelo horário, A Mulher de Preto, com Harry Potter... Dois filmes de fantasma ao mesmo tempo em cartaz, big smile!!! Para quem não sabe, eu adoro. Mas não vejo sozinha, por isso acabo perdendo muitos no cinema.

Blank space... aqui veio o filme que ganhará seu próprio post. O lindo!

The Iron Lady (A Dama de Ferro. Phyllida Lloyd, UK, 2011) foi um filme bastante irregular com um história fantástica... escolhi a história, descartei o formato confuso. Mas, como disse um amigo, foi bastante difícil não me prender na maquiagem de Meryl  Streep (make up que, by the way, foi premiada com o Oscar esta noite), que, como quase sempre, estava fantástica na atuação. Digo confuso, embora tenha respeitado a opção de contar a história de uma das maiores líderes políticas do Século XX no Ocidente pelas suas memórias, de forma não linear. Mas, mesmo com esse entendimento, o filme me incomodou em diversos momentos.

O Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança (Ghost Rider: Spirit of Vengeance. Mark Neveldine, Brian Taylor, US/Emirados Árabes, 2011) foi uma escolha pela falta de opção no horário e pelo cinema em que estava, a sala especial do Cinemark, com aquela tela gigante. No primeiro Ghost Rider eu saí antes da metade do filme por ter chegado à conclusão de que o meu coração pedia um filme mais doce naquele dia. Lembro que fui assistir algo que amei... mas não lembro mais o que, rs. Assim, não tinha como eu achar o filme ruim... me diverti e ponto. Mas é ruim demais (não tanto quanto Jack and Jill, though!).

O Artista veio novamente no meio do carnaval... e foi muto bom chegar a ele again! Pude dar mais atenção aos detalhes de um filme tão cuidadoso.

Hoje houve sessão dupla. No dia do Oscar, tentei completar a lista dos melhores filmes... faltou Cavalo de Guerra, que não está mais passando aqui.

Em Moneyball (O homem que mudou o jogo. Bennett Miller, US, 2011) eu não colocava muita fé. Por isso as ideias preconcebidas sobre um filme devem ser deixadas do lado de fora da sala de projeção... Ele me emocionou muito. E surpreendeu. Um filme sobre as pessoas, como elas são realmente tratadas como um produto nos esportes... A coincidência foi que estou lendo agora um livro que coloca esse aspecto em destaque - no caso, o mundo do tênis.

Caracas! The Girl with the Dragon Tatoo acabou de ganhar edição! Happy!

Back a Moneyball... O olhar cuidadoso sobre as pessoas me emocionou de verdade. A surpresa veio pelo filme ser sobre uma pessoa que realmente fez terríveis escolhas. Geralmente, os finais são redentores... esse não é. O que aumenta a tristeza e a empatia com o personagem de Brad Pitt. E me deixou com um peso triste no coração.

Não vou contar aqui a via crucis que foi entrar no cinema... Cinemark com sistema desatualizado pelo horário de verão (que havia mudado há doze horas, vale dizer). Basta contar que os personagens malucos e ousados dos livros e filmes estão produzindo um certo efeito em mim...rs.

Por fim, ultrapassando outro pé atrás, assisti a Tão Longe, Tão Perto (Extremely Loud and Incredibly Close. Stephen Daldry, US, 2011), adaptação para o cinema da história escrita por Jonathan   Safran Zoer, um livro de que gostei demais. Oskar é um personagem genial que, a meu ver, ficou meio histério no filme. O que o fez perder muito de sua força. Eu não esperava isso em um filme de Daldry, diretor do meu amado As Horas. E Billy Eliot.  E O Leitor... são tantos filmes queridos dele que desanimei quando vi que Extremely Loud estava com críticas muito ruins. As que eu li fizeram sentido. 

É choradeira demais. Histeria demais. Tudo para adaptar um livro que é intenso justamente pela falta de histeria. As emoções que os pensamentos de Oskar transmitem nos conduzem por uma história forte e brilhantemente escrita. O filme não conseguiu chegar a isso... Eu iria dizer que há filmes impossíveis de serem adaptados ao cinema, se não houvesse assistido a Hugo Cabret esta semana. 

E lá se foi o mistériro da dica!!!


Por último, vale dizer que o Oscar continua firme e forte... sem surpresas ainda, já que as categorias mais disputadas ainda estão por vir. Num ano marcado pelo saudosismo do cinema "de antes", a cerimônia voltou um pouco ao que era há alguns anos. Billy Cristal é o apresentador pela nona vez. Os números musicais estão mais tradicionais. Os cenários remetem à era de ouro do cinema nos Estados Unidos... E assim o Oscar consome a nossa noite, com algumas homenagens bonitas, os apresentadores e ganhadores mais descontraídos... E eu, feliz, na noite mais esperada do ano!

E aí vem melhor diretor!!!

Para os nominados e ganhadores, oscar.go.com




Nenhum comentário:

Postar um comentário