sexta-feira, 30 de março de 2012

No Vanilla Sex


Jacqueline was seventeen
working on a desk
when Ivor
Peered above a spectacle
forgot that he had wrecked a girl
Sometimes these eyes
Forget the faceee 
they're peering from
When the facee they peer upon
Well, you know
That facee as I do
And how in the return of the gaze
She can return you the faceee
That you are staring from
(Jacqueline - Franz Ferdinand)




Semana passada, li, no site do canal E!, a respeito da adaptação para o cinema de um livro baseado nos personagens de Twilight, mais especialmente em Edward e Bella. Pelo artigo, a autora teria se fixado tanto em Edward que haveria escrito uma história. Na hora, eu achei louco isso... não seria plágio? Escreveu onde? Mas, principalmente, fiquei extremamente curiosa para ler a história.



Curiosa... mas com dois pés atrás. Uma das ênfases do E! era que Fifty Shades of Grey, a historia de E. L. James agora publicada em livro, era se tratar de uma versão sexy da história de amor escrita por Stephenie Meyer. Eu achei interessante de início, até porque a saga original tem uma sensualidade sempre reprimida pela escrita de base mórmon de Meyer. Esse aspecto não estragou os livros para mim, no entanto. Eu gosto demais da história de Bella e Edward e sempre me pergunto por quê. Já tinha umas pisas, claro, mas Fifty Shades trouxe a questão à luz, numa semana de imersão absoluta na narrativa.

Aqui, adianto o que descobri depois de ler os dois primeiros livros da trilogia: Fifty Shades of Grey, Fifty Shades Darker e Fifty Shades Freed, publicados no início deste ano nos Estados Unidos, se originaram de uma história publica num fansite do Crepúsculo, www.fanfiction.com, com o nome de Master of The Universe, sob a autoria de Snowqueens Icestorm, o loggin da escritora no site. 

Uma viagemm total, aliás. Há várias histórias que focam em algum ponto da saga original e estendem suas tramas e personagens. Eu não li nenhuma outra ainda – estou envolta em Fifty Shades ainda -, mas achei uma oportunidade muito legal e interessante. O primeiro livro está para ser adaptado ao cinema, e uma das discussões é como seria se Kristen Stewart e Robert Pattinson interpretassem os alter egos de Bella e Edward... mas a autora já disse que deseja apenas autores desconhecidos no filme. Booo.

Um dos aspectos mais importantes das narrativas de ficção são as discussões que elas ocasionam. A escrita em blogs e fansites é uma oportunidade preciosa para essas conversas, que mostram também como as histórias estão presentes nas nossas formas de nos colocarmos e vermos o mundo. Assim, mesmo com receio, eu cheguei ao primeiro livro da trilogia.





Não sabia que havia uma história anterior em que os personagens eram os mesmos de Twilight. Achei apenas que era uma inspiração, e me diverti encontrando as semelhanças - até a calça cinza que Edward usa em Lua Nova e seu caimento estão presentes (hummm... e eu achei que só eu havia notado). Ontem, quando li um trecho da história com Edward e Bella, em Master of The Universe (que finalmente encontrei), gostei de haver chegado primeiro aos livros. Assim, ao mesmo tempo em que eles me remeteram muito fortemente ao que senti com a saga de Meyer, eles expandiram e me trouxeram novas e valiosas percepções sobre como me envolvi tão fortemente com a história de Twilight.

No livro, não há vampiros ou lobisomens ou outras figuras fantásticas.  Mas o amor aparentemente impossível entre um homem que se acha monstruoso e uma moça inocente da ameaça que ele representa ainda está ali, e explicitamente ali.

Eu vou me adiantar novamente. Vejo agora que o que me prendeu tão profundamente aos livros de Stephenie Meyer foi a apresentação das sombras que vivem em nós e procuramos esconder a sete chaves num cofre de defesas contra a dor e o envolvimento emocional que nos exponha a essa dor. Edward se acha um monstro, indigno de qualquer afeto ou vida feliz. O que ele é, do que ele se alimenta, de onde ele vem... tudo isso, a seu ver, depõe contra ele – mesmo que não deponha contra seus semelhantes. Quando Bella surge e consegue vê-lo de outra forma, além de se apaixonar com ele mesmo com as sombras, seu mundo de defesas se rompe... e aí a emoção começa.

E tudo isso num livro desmoralizado pela crítica e dirigido ao público infanto-juvenil? Pois é. E o mesmo, agora, acontece com Fifty Shades of Gray. A dimensão em que E.L. James (Snowqueens Icestorm é tãaaaaaaaaao mais legal, rs) se propõe a apresentar as sombras é a da sexualidade, num livro considerado pornográfico pela maioria das críticas. Mais que erótico, ele recairia, para muitos, no terreno da perversão sexual ao apresentar relacionamentos que de comum acordo (importante) se desenvolvem sexualmente na prática do chamado BDSM – uma relação em que um dos parceiros é dominante e o outro clara e absolutamente submissivo.



Recollect me Darling
Raise me to you lips
Two undernourished egos
Four rotating hips
Hold on to me tightly
I’m a sliding scale
Can’t endure then you can’t inhale
Clearly
Out of body experience interferes
And dreams of flying I fit nearly
Surrounds me though I get lonely
Slowly.

Eu, que nunca havia ouvido falar especificamente da sigla, fui, como Christian sugere a Ana Steele, a Bella de Shades, buscar mais informações na Wikipédia - como um afterthought, eu preciso dizer, aliás, que nunca fui tanto ao google durante uma leitura, o que foi essencial. E, assim como Ana, fui entrando num mundo que, por desconhecer, considerava apenas bizarro. Mais alguns preconceitos foram caindo, mesmo que minhas escolhas sejam diferentes.

E aí é que o livro, para mim, se torna mais forte: os vampiros são figuras mitológicas  que, hoje, com seu aspecto monstruoso visivelmente atenuado, se tornam cada vez mais atrativos. Quando o vampiro se aproxima de Bella, isso não me assustou, pelo contrário, rs. Mas, se pensarmos, a situação é bastante preocupante: ela corre risco de vida; a criatura toma sangue (sangue!); não dorme, não tem pulsação... se pensarmos, então, na lua de mel, que figura nos livros e filmes apenas como romântica, questões mais fortes podem aparecer. 


Mas Stephenie Meyer deu para trás, deixou tudo isso meio disfarçado... no entanto, esse tudo estava lá anyway, daí, para mim, o seu alcance. Robert Pattinson, o Edward nos cinemas, costuma dizer que nunca viu um livro sobre a abstinência sexual causar tanto furor... e aí está a razão. Snowqueens a pegou no ar e a trouxe em escrita e personagens muito fortes.

O sexo é explícito? É.  E muitos se afastam ou se aproximam por isso. Mas essa não é, como não era em Meyer, a questão principal. O que o Christian Dominante traz explícito é a verdadeira ameaça que representam as nossas sombras e as de quem amamos. Todos temos sombras... Olhar para elas é, a meu ver, obrigação de vida – e até mesmo social. Eu vejo, nas ruas hoje, pessoas que lutam ferozmente contra elas e que buscam um modelo de comportamento aceitável que a tornam civilizadas. E isso só traz o efeito oposto: uma convivência social artificial e frágil, que resvala facilmente para a violência, agressão e falta de respeito. Em suma, crianças emocionais que não sabem o que fazer com a própria dor se chocam  na rotina da vida diária.


Exagero? Bom, Hércules, no último dos seus doze trabalhos, precisa matar a Hidra de Lerna. Monstro que habita a escuridão da caverna, ela tem três cabeças, que se multiplicam quando tentamos simplesmente cortá-las fora. Ela só morre que a trouxermos para a luz. Eu penso que hoje, quando ignoramos ou tentamos tentarmos simplesmente cortar o que nos assusta em nós, apenas conseguimos criar mais monstros, com inúmeras cabeças, que se chocam com os monstros alheios. A luz, o conhecimento, é a chave... Ana representa essa luz, e não se recusa a olhar as sombras de frente para tirar Christian do fundo da caverna.



So pretty, so smart 
Such a waste of a young heart
What a pity, what a sham

What's the matter with you, man?
Don't you see it's wrong,
can't you get it right?
All of mind and out of sight
Call  on all your girls
dont't forget the boys
Put a lid on all that noise


(…)
you're the only thing I see
I'm a satellite heart
Lost in the dark
I'm spun out so far
You stop, I start


But I'll be true to you
No matter what you do


A exposição das Fifty Shades de Christian Gray é, algumas vezes, assustadora. A compulsão de Edward era pelo sangue... a de Christian, por infligir dor. E.L. James não ameniza a compulsão do seu personagem, ou a faz sumir milagrosamente. Ela não disfarça as sombras... E aí o livro tem a sua força e a sua atração maior para mim (embora o grafismo do sexo não seja nada mal).  Não é assim todo o tempo, though, principalmente no segundo livro da série, quando o romance fica mais bobo e as referências à música – como em Meyer – são muito frágeis. Parece uma viagem borbulhante da autora pelo que gosta. 

As músicas que ela menciona, muito para definir a personalidade dos personagens e seu relacionamento, os fragilizou para mim, não gostei, mesmo que as Bandas sejam minhas preferidas até - em um momento aparece um poster do The Verve na história!!! Adoro.  Algumas outras referências, no entanto, entram como uma luva (e isso eu quis trazer aqui quando apresento as músicas que têm me remetido à história). 

Tentando too hard (ok, tudo vira trocadilho), no início do segundo livro, E. L. James se perde um pouco. Fica sweet em excesso, acho que uma tentativa dela de compensar pelas cenas mais fortes. E precisa? Quando já perdia as esperanças de ver a força e sinceridade dos personagens, cheguei à página 200, aproximadamente, quando uma das cenas e diálogos mais perturbadores que já li coloca o livro no eixo novamente.  Estou agora no terceiro da série, mas está difícil, rs. Muita baboseira ainda... dei um tempo antes de continuar, porque sei que the best is yet to come, com certeza (mas esse último começa mal demais... ugh).



Digo isso porque quando a história se torna mais extrema é quando se apresenta  também mais forte. A intensidade pode assustar, mas nos aproxima também. As sombras, expostas em personagem honestos, proporciona uma conversa intensa com a nossa própria vida. Eu gosto que os personagens não se tornem bizarros para criarem algumas situações. Eles são construídos com coerência em sua força e fragilidade, e isso por si só já vale a leitura.  Um desses fatores de honestidade, para mim, é a busca de Christian por uma forma terapêutica que o ajude a superar sua dor. Ele é arrogante, dominante, teimoso... mas sua dor é tão gigante, como ele conseguiria ignorá-la? Um dos diálogos com seu terapeuta é outra parte preferida minha – um diálogo inteligente em que muitos dos meus preconceitos se modificaram. Eu pensei em trazê-lo aqui, mas não queria entregar muito da trama. Desculpem por já haver dito tanto, mas preciso conversar com alguém : )

Assim, ao construir uma nova história com os personagens que a conquistaram, E.L. James trouxe  alguns dos simbolismos presentes na imagem do vampiro – dor, perda, sombras, sexualidade, pulsão de vida e de morte... – em outro contexto, um em que ela se permitiu ir mais longe (eu ia colocar mais fundo, mas é muito trocadilho...) em relação ao original.



To the bottom the earth I had to fall
But you really caught me
You really caught me, dear
At the bottom where I'd fall.
And slowly dear ask would you dance with me
Here's shades down
The lights off
When I didn't know you
And everything I do
Done badly
(…)
To wake next to you in the morning
And good morning to you.
How do you do?
Hey, good morning to you!
And more covers for you.
Sleep soundly dear cause I have to go.

Até aqui só falei do que me chamou a atenção - as sombras. Mas muita diversão também. Os diálogos sérios são fortes, os outros são divertidíssimos. O título deste post, Vanilla Sex, é a denominação de Christian à forma como Ana quer se relacionar... e proporciona muitas conversas engraçadas entre os dois. Ana não é familiar ao mundo de Christian, e assim o nomeia de acordo com suas percepções. Uma delícia de diversão. O playroom onde Gray faz suas cenas (ok) vira Red Room of Pain : ) As preferências sexuais dele, Ana nomeia de Kinky Fuckery : ) O modelo de carro que ele costuma comprar vira submissive especial...

Essas expressões permeiam o livro e as referências no relacionamento dos dois, além de causarem boas risadas. Por isso, a meu ver, é fundamental essa leitura em inglês – já me arrepio de horror só de pensar na tradução. Há diálogos que não se traduzem, com trocadilhos referentes às preferências de Christinan. E os e-mails que eles trocam,  espaço em que Ana se sente mais confortável para ser sincera em suas opiniões e dúvidas (o que não é de espantar) são uma diversão total. Mas há algumas outras expressões, mais sérias, como a que dá nome ao livro: ao tentar se definir para Ana, Christian se refere a si mesmo como fifty shades of fucked up. Sad.

Algumas dessas falas eu trago aqui, já pedindo desculpas pelo post estar tão imenso (as referências não têm páginas por estarem em pdf):

(Ana) - No, I refuse to believe that. She’s so cold and cruel. I shake my head. She’s wrong. I am right for Christian. I am what he needs. And in a moment of stunning clarity, I don’t question how he’s lived his life until recently—but why. His reasons for doing what he’s done to countless girls—I don’t even want to know how many. The how isn’t wrong. They were all adults. They were all—how did Flynn put it?—in safe, sane, consensual relationships. It’s the why. The why was wrong. The why was from his place of darkness. (Fifty Shades Darker)

Issues schmissues.
(Para quem leu Twilight em inglês, isso é Bella total).      

Needs change,” he says simply. “Christian has found himself in a situation where his methods of coping are no longer effective. Very simply, you’ve forced him to confront some of his demons and rethink.” (Fifty Shades Darker).

Why do you always assume the worst?” My heart clenches again because I know; it’s because he’s so doubting, so full of self-loathing. 50 shades of darker, I realize as I say these words to him—in the hope that he’s listening—what my real problem is. I just don’t get why he likes me. I have never understood why he likes me.
(Bella again!!!)

 “Why don’t you like to be touched?” I whisper, staring up into soft gray eyes.
“Because I’m fifty shades of fucked-up, Anastasia.”
Oh… his honesty is completely disarming. I blink up at him.
“I had a very tough introduction to life. "(Fifty Shades of Gray).

This man, whom I once thought of as a romantic hero – a brave shining white knight,or the dark knight as he said. He’s not a hero, he’s a man with serious, deep emotional flaws, and he’s dragging me into the dark. Can I not guide him into the light? (Fifty Shades of Gray).


I gaze back at him, blinking. Was it that bad? I remember feeling confused by my reaction. It hurt, but not that much in retrospect. He’s said over and over again it’s more in my head. And the second time… Well, that was good… hot.
“No, not really,” I whisper.
“It’s more the idea of it?” he prompts.
“I suppose. Feeling pleasure, when one isn’t supposed to.”
“I remember feeling the same. Takes a while to get your head around it.”
Holy hell. (Fifty Shades of Gray).

Ok. Deu para entender que o livro me chamou a atenção... Eu abri o computador na segunda às 16h e só o fechei às 6h da manhã do dia seguinte. Depois de dormir pouco, voltei a abri-lo, e assim tem sido os meus dias esta semana. Pouco sono, três quilos a menos (de verdade) e uma submersão importante nas minhas próprias sombras. E aí você pode me perguntar: tá, mas o livro é bom? E eu respondo: isso importa? Eu mergulhei nele e estou adorando... vejo falhas, mas o que ele me traz é maior que todas elas. E essa é a beleza e a importância fundamental das narrativas para mim.

Agora eu vou dormir : ) Bye.



Happiness
More or less
It's just a change in me
Something in my liberty
Oh my, my
Happiness
Coming and going
I watch you look at me
Watch my fever growing
I know just where I am



Well, pelo menos nos US!



PS: Jeez, ainda tem mais? Então... por mais que eu tente ser normal e me critique loucamente por mergulhar tanto nas narrativas de ficção e sentir meu mundo muito por elas, o universo vem sempre me dar um passe livre... Fazer o quê? Rs. Nesta semana, com os olhos fundos por falta de sono, cheguei à aula da minha orientadora querida, e ligeiramente bruxa. O filme da aula foi a animação A Bela e a Fera (Disney, 1991) – uma narrativa que se apresenta em várias versões do conto francês, como em inúmeras histórias. Já havia visto o filme antes... mas desta vez, com a companhia de Fifty Shades, eu me surpreendi. Por mais óbvia que fosse a associação de Edward/Christian à Fera, os elementos que o filme traz em narrativa estão todos ali, e por isso eu não esperava. E isso num filme infantil... viu como as categorias são danadinhas? Não dá para confiar nelas, rsrsr. Thanks God. 


PS2: Nunca acaba...rs. Mas vale lembrar que Satelite Heart, uma das músicas deste post, é da trilha original de Lua Nova, o segundo filme da saga Crepúsculo


PS3: Terminei este post, no dia de ontem, dizendo boa noite. Uma ilusão total. Não consegui esperar e acabei lendo o último livro da série, superando a minha resistência inicial. Se ele não é tão bom quanto os outros, consegue dar um desfecho interessante à história de Ana e Fifty - e não me refiro aos acontecimentos na vida dos dois, mas como eles entram de acordo sobre as suas necessidades, desejos e medos. Agora sim eu posso dormir, rs, embora seja estranho me desvincular de algo que permeou minha semana : )


PS4: Fundamental no livro, é Spem in Alium, de Thomas Tallis. Incrivelmente bela, eu a trago aqui meio tardiamente:







8 comentários:

  1. sem medo de trocadilhos... Foi muuuuuito bom ir tão fundo com você, hohoho. Apesar de longo indeed, seu texto me prendeu do início ao fim. Foi ótimo pra mim. :-)

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    1. Fearless endurance... rsrsrs. E para que ter medo, afinal? Bom, sis, parece que agora só basta acender um cigarro... : )

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  2. Dri, compartilho o comentário de "Kal" lá em cima, pois gosto muito da sua escrita sensível sobre as coisas - livros, filmes, músicas. Você geralmente torna tudo mais envolvente do que realmente é... rsrsrsrs. E você mesma afirma isso no final desse texto, dando a entender que você é mais ligada nas sensações que a obra provoca do que na obra em si (entendi direito?). Isso é muito legal. E surpreendente. Porque eu mesma não consegui passar das primeiras páginas de "Fifty Shades of Grey", apesar de toda a curiosidade despertada pela mídia. Achei a escrita antipática, fútil. Sabe o que faltou? Faltou à obra uma Adriana Moellman como autora! rsrsrs (É sério, viu?).

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    1. Dani!!! Eu mergulhei feliz nesse comentário! Muito, muito lindo : )

      Eu viajo nas coisas muito violentamente, rs. E o que você disse explica muito de mim e do Viagens. Eu tento sempre trazer mais o que eu senti do que uma crítica em si. A pesquisa na universidade tem sido muito isso e o blog tem me ajudado bastante.

      Assim, acabo por ficar mais na história do que na forma em que ela é apresentada. Fifty Shades tem problemas de escrita, mas eu nem vi direito, rs. E por ser escrito por uma fan, ele me conquistou de início. Abri o livro e não o larguei por mais de doze horas, rsrs. Ele traz questões que se encontraram muito comigo, e aí, apesar de me irritar com a futilidade mesmo de algumas partes, o que ficou foram outras coisas. E delas tentei falar no post.

      Eu como autora tenho medo de ser mais clichê que a E. L. James. Por isso o Degraus tem menos posts que o Viagens... é uma luta contra minha própria cafonice, rsrs.

      Carinho grande e grande agradecimento!!!

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  3. Ainda acho que vc deveria se enveredar pelos romances... Deixar de ser fã e virar protagonista, heim, heim? :-)

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    1. Dani, você é uma querida!!!

      Esse é sonho, e não só daydreaming. Constantemente sonho que estou escrevendo uma história muito legal - e doida, claro. Durante o sonho, digo para mim mesma lembrar daquilo para escrever quando acordar. Viu como a viagem é crazy? Mas, claro,sempre esqueço : )

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