quarta-feira, 6 de março de 2013

The world will break your heart ten ways to sunday...


Todos os anos, espero com muita ansiedade a data do Oscar, premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas aos filmes e atores e realizadores do ano. Nem sempre são premiados os melhores, nem sempre são indicados os que mereciam... Apesar de todas as contradições e ausências, em todos os anos, há mais de 33 anos, o domingo da premiação é um dia  de bastante festa para mim. 

Porque, acima dos prêmios, os quais, devo admitir, não levo muito a sério (e como levar?), adoro o evento. O red carpet, as homenagens, os agradecimentos bizarros. Para mim, é A festa, e eu não a perco.



Este ano, no entanto, ela perdeu bastante da graça para mim. Não sei se foi a má direção do programa - porque o Oscar é um show, e sem uma narrativa bem construída, não se sustenta sozinho pela premiação. Ou se as premiações anteriores, como o Globo de Ouro, estão tão bacanas que ofuscam o último awards da temporada, o Oscar.

A cerimônia deste ano, a 85ª, teve um poster belo de homenagem a todos os premiados...  enfatizou os musicais, as músicas do cinema... mas não fez muito sentido. Trecho do musical Chicago foi apresentado como se estivesse concorrendo - assim, apesar de belíssimo, sua presença ali não fez o menor sentido. Ao final de cada premiação, os ganhadores saindo meio atordoados, uma música emblemática do cinema aparecia assim, do nada. E, mesmo achando que o excesso de explicação nunca é benéfico, a ausência de uma história fez muita falta. A cerimônia acabou, eu soltei um ufa, e me questionei, com um bocado de melancolia, se ano que vem ainda estaria ali.

Bom, mas tudo isso veio para falar dos filmes - consegui assistir aos 9 concorrentes ao prêmio de melhor filme antes da premiação, o que nem sempre é possível - quando comecei a assistir ao Oscar, não era. Os filmes chegavam aqui ao quadrado com três, quatro meses de atraso, na melhor das hipóteses. 

O último a entrar em cartaz na cidade foi Indomável Sonhadora (Beasts of the Southern Wild. Benh Zeitlin, US, 2012), a opção indie do ano, com a incrível Quvenzhane Wallis concorrendo ao Oscar de melhor atriz. Uma indicação bastante discutida, já que, com não autores e uma representação bastante realística, muitos questionaram se haveria atuação ali. Coisas que o Oscar traz, discussões que não fazem muito sentido para mim. O que fez sentido foi o quanto o filme falou de uma realidade que vemos e queremos negar a todo custo. Com referências a meu ver óbvias às tragédias perpetuadas por calamidades naturais como o Katrina, o filme traz a vida daqueles que se encontram à margem da sociedade. Num mundo em que as o derretimento das calotas polares criam áreas de risco à vida, tanto pela inundação quanto pela liberação de feras antes escondidas -, o filme conta a história de uma menina de cinco anos e o seu ambiente próximo de pobreza, fome, marginalidade e, sobretudo, luta pela sobrevivência. 

O filme chegou com a censura de 10 anos... assim, lá fui eu assisti-lo com a minha sobrinha. O que essa categoria não disse, no entanto, foi o quanto ele é absurdamente dolorido e próximo. Crianças que precisam crescer sozinhas... que precisam enfrentarem as feras do mundo sós - e elas conseguem, mas a um custo indescritivelmente alto. Meu coração ficou apertado todo o tempo. Mas acho que alguns aspectos da vida que não entendo se tornaram mais claros para mim. 

Essa sessão foi surrealmente bizarra e acabou por impedir que eu entrasse mais profundamente no filme - que convida, com a sua narrativa, um mergulho numa realidade que não queremos olhar. Durante todo o filme, um senhor na cadeira ao lado deixou o celular ligado, uma luz forte que atrapalhava a visão da tela. Nada o fazia desligar aquela coisa. Ao final do filme, numa das cenas mais tristes que já vi no cinema, três amigas gargalhavam na fileira de trás. Uma delas achou a tragédia tão engraçada que, ao beber água, engastou e cuspiu em mim e na minha sobrinha. 

Eu não sei. Esse mundo está definitivamente muito estranho, e a vontade de descer do trem está cada vez maior. O convívio não está simples - na rua, a pé; no trânsito, de carro; no contato com as pessoas. Mas o cinema, para mim, é o lugar onde o apocalipse está mais presente, acho que por passar tanto tempo lá. Eu tento me sentar o mais distante das pessoas possível... está virando um TOC, na verdade. Afasto-me o máximo que posso, mesmo que, para isso, tenha de sentar com a cara na tela. Do contrário, o que para mim é bastante especial pode virar um pesadelo. 

Assim foi na sessão de um dos filmes do Oscar que eu esperei muito para ver: Silver Linings Playbook (O Lado Bom da Vida. David O. Russel, US, 2012). Como queria ver demais o filme, e logo, fui à sessão de pré-estreia num sábado de carnaval. Ugh. Eca. Ew. Era gente demais, demais. A sala lotadíssima, pessoas chutando a cadeira, falando alto, um pesadelo para essa minha fobia social cinematográfica. Por vim, sentada no gargarejo, mas sem ninguém grudado em mim, pude entrar naquele que, para mim, é o meu preferido dos filmes indicados.

Silver Linings baseia-se nas pessoas (com quem eu tenho mais paciência quando projetadas na tela do que ao meu lado no cinema). As atuações são geniais - e não à toa quatro atores foram indicados ao Oscar. Jennifer Lawrence recebeu o Oscar de melhor atriz, num filme em que todos deveriam ser reconhecidos (o SAGs deixou passar essa oportunidade), numa direção de atores comovente. A história é contada assim, pelas pessoas. Eu acho genial.

Baseado no livro de Matthew Quick, Silver Linings é também um exemplo de adaptação. Os fatos no livro e filme diferem muito - a doença de Pat é pungente no livro, a sua situação é mais extrema. Mas tudo se encontra, de alguma forma, no filme. Ele consegue nos aproximar da intensidade da vida dos personagens , da loucura que nos acompanha diariamente - com ou sem diagnóstico, vale dizer -, sem sentimentalismo, mas com uma emoção forte e bem-vinda numa história.
It hurts to look at the clouds, but it also helps, like most things that cause pain. (p. 23).
A alegoria das nuvens, que, cinzas, são envolvidas em brilho, está presente em todo o livro, na busca do protagonista pelo que faz sentido na vida. Por esse lado bom a que se refere o título em português.

Apesar de haver gostado e me envolvido mais com o filme, o livro, ao final, me conquistou igual. Diferença de fatos à parte, a história está ali. E por ela eu me apaixonei.

E me  apaixonei de tal forma pelo filme que o revejo sempre que posso - hoje será a sexta vez :) E nunca falho de chorar na "montage" com as vozes de Bob Dylan e Johnny Cash, em Girl From the North Country. A cena, triste e linda, trouxe para mim, junto com as palavras do livro, um pensamento que sempre tenho a respeito desse tipo de montagem nos filmes e seus significados:
Luckly, as I am starting to write this part, I remember that in every one of his films, whenever Rocky needs to become a better boxer, they show clips of him doing one-arm push-ups, running on the beach, punching slabs of meat, running the stairs of the art museum, gazing at Adrian Lolvingly, or being yelled at by Mickey or Apollo Creed or even Paulie - all while his theme song plays, which is perhaps the greatest song in the world, "Gonna Fly Now". In the Rocky movies, it only takes a few minutes to cover weeks of training, and yet the audience still understands that a lot of preparation went into the actual development of Rocky's boxing skills, even though we only get to see a few clips of the Italian Stallion working hard. (p. 155).
Pat apresenta seu treinamento e o passar dos dias em uma montagem escrita... o filme a traz também, numa relação com a história que conta que ultrapassa a fidelidade dos fatos.

Totalmente in love.

E por falar em amor, meu coração se derreteu em outro filme que esperava muito ver, Warm Bodies, terrivelmente traduzido como Meu Namorado é um Zumbi (Jonathan Levine, US, 2013). Assim, quem vai querer chegar a um filme com esse nome? E ele é tão fofo, tão, tão fofo... e muito bem feito. Uma pena.

Vale ressaltar a presenta de Nicholas Hoult, que eu vi a primeira vez em O Grande Garoto, em 2002, e fez muito sucesso na série de TV inglesa Skins, que eu vi muito pouco. Ele estará em Jack - O matador de gigantes e, momento fofoca, está em destaque também como o recente ex-namorado de Jennifer Lawrence. Ok. 

Adoro os filmes que apresentam o amor, em fábula, como uma cura para a desumanidade no mundo. Como ele é simples assim: acontece, a cura surge. Eu o assisti mais de uma vez também, e quando penso no filme, um big smile aparece. Queridíssimo.

Outro filme do Oscar no mês passado foi Os Miseráveis (Les Misérables. Tom Hooper, US/UK, 2012), adaptação para o cinema do musical baseado na obra de Victor Hugo. Ufa. É história correndo longe e sendo contada de diferentes formas.

Eu não odeio musicais, pelo contrário. Mas não suporto, definitivamente, diálogos cantados. Acho que Les Mis pecou nesse excesso, porque as músicas são tantas, e maravilhosas - há momentos de genialidade - que a contraposição com o diálogo falado seria bem-vinda. A primeira cena é um espanto absoluto. Lindo de ver.

O musical traz duas de minhas musicas mais queridas do gênero (que o Fantasma da Ópera me desculpe). Não precisaria nem citar I Dreamed a Dream, mas On my Own não é tão óbvia assim e dela gosto demais.

Apesar de ele não ser o meu favorito, penso que deveria ter ganho o Oscar (Argo? Really?). A produção é incrível, a opção pela performance das musicas ao vivo deu um visceralidade à atuação que tem o toque de gênio a que me referi há algumas linhas.


Zero Dark Thirty (A Hora mais Escura. Kathryn Biggelow, US, 2012), outro indicado ao Oscar de melhor filme, foca-se nas ações de uma agente da CIA que levaram à captura de Osama Bin-Laden e sua morte. O filme chegou com muita polêmica sobretudo pelas cenas de tortura. Para muitos, Biggelow teria justificado o uso de tortura na obtenção de informações. Essa discussão resultou numa das piadas mais engraçadas no Globo de Ouro, quando as apresentadoras, Amy Poehler e Tina Fey alegaram não estarem a par das polêmicas, mas que confiavam, em matéria de tortura, na mulher que foi casada com James Cameron. Bom demais.

Eu não saí do filme com a impressão que a tortura é defendida - uma das reportagens que li o comparava ao seriado 24 Horas, em que o tempo e a urgência justificariam a prática da tortura. Não vi assim. Mas  me incomodei com uma certa palhaçada na questão de como, a partir da posse de Barak Obama, a prática teria cessado nas prisões da CIA. Sério? Outro momento de dar gargalhada alta foi quando, ao entrarem no esconderijo de Bin-Laden, os atiradores sobem uma escada chamando: Osama... Osama... São ridículos que não combinam com um filme basicamente sóbrio e interessante.


The Sessions (As Sessões. Ben Lewin, US, 2012) traz a história de Mark O'Brien, poeta norte-americano que, após contrair pólio quando criança, viveu sua vida em um pulmão de aço. Sua história havia sido contada no documentário Breathing Lessons: The life and work of Mike O'Brien. O filme foca-se mais no conteúdo de um dos seus artigos, num período específico da sua vida, em que contratou os serviços de uma terapeuta sexual.

Hellen Hunt é sempre uma presença incrível nas telas. Ela dá vivacidade e sentido à sua personagem - e não à toa teve a única indicação do filme no Oscar. John Hawkes é um assombro também, e impede que seu Mark O'Brian seja caricato. Os dois nos colocam dentro da história de uma forma muito querida e palpável.  E continuam próximos mesmo depois de haver acabado o filme.

Os filmes infantis do mês desapontaram bastante. Não há muito o que dizer sobre As Aventuras de Tadeo (Las Aventuras de Tadeo Jones. Enrique Gato, Espanha, 2012) e O Reino Gelado (Snezhnaya koroleva. Vlad Barbe, Maksim Sveshnikov, Rússia, 2012) além de que eles são um testemunho de como escrever um filme para defender uma tese, e não contar uma história que pode, sim, trazer várias lições, é uma armadilha. E um tiro no pé. Os filmes para crianças parecem estar mais vulneráveis a esse risco, pois estão mais expostos à questão educacional, por se dirigirem a crianças. Balela total. Com as animações hoje podendo contar histórias como nenhum outro gênero, esse perigo é bastante anacrônico. Soa realmente old e um desperdício de um bons argumentos.

As histórias no cinema foram muitas e bastante fortes... nos livros, o mesmo não aconteceu.


A surpresa ficou pelo último livro do mês. The Statistical Probability of Love at First Time, de Jennifer F. Smith, me chamou a atenção, da prateleira da Cultura, pelo título e pela capa, fofíssima. E o livro não foi menos que isso... Como muitos outros dirigidos a Young Adults que tenho lido, ele conquista e entusiasma por trazer personagens muito amados, vívidos, mas não sentimentais. São personagens que se deparam com o que encontramos na nossa vida: perdas, dor, decepção, medo, receio, mas, sobretudo, esperança e uma forte ligação com as histórias que nos trazem os livros, os filmes, as musicas.  E, sobretudo, as pessoas :)

Apaixonante, eu o li quase de uma sentada, torcendo, imaginando e me surpreendendo em como o autor evitou armadilhas que seriam fáceis de cair ao contar sua história. Assim como Silver Linings, livro de que já contei acima.

Love at First Sight e Silver Linings foram lidos proximamente. E, não por acaso, como nunca é com as histórias, as nuvens têm, aqui, um lugar de destaque também:
"This is a total disaster. We're nearly to Heathrow and we haven't even properly discussed flying chickens." he jabs a finger at the window. "And see those clouds?""Hard to miss," Hadley says; the plane is now almost fully enveloped in fog, the grayness pressing up against the windows as the plane dips lower and lower."Those are cumulus clouds. Did you know that?""I'm sure I should.""They're the best ones.""How come?""Because they look the way clouds are supposed to look, the way you draw them when you're a kid. Which is nice, you know? I mean, the sun never looks the way you drew it.""Like a wheel with spokes?""Exactly." (p. 90).
Capas com rosto... ugh.
Indigo Spell é o terceiro livro da série de Richelle Mead, Bloodlines, um spin-off de outra que adoro, Vampire Academy. O final desta foi apressadíssimo para abrir caminho para Bloodlines, e eu estava com muito receito. Mas tenho adorado continuar no mundo dos Moroi, Damphir e Strigoi, assim como ter Sidney e Adrian como (ótimos) protagonistas. VA ficou de cortar o coração a partir do quarto livro. Bloodlines parece que seguirá o mesmo rumo. Por enquanto está mais leve, mas interessante anyway. E a espera pelo próximo capítulo continua... o principal atrativo e a maior tortura das séries!

No começo do mês, sem paciência de ler muita coisa, encontrei, por sugestão do goodreads.com, livros que têm capitalizado em cima de 50 Shades. Eu já li alguns livros nesse sentido, e estava curiosa para conhecer os que li mês passado. E o que eles me trouxeram esclareceu um pouco para mim esse fenômeno, e todos os outros que tenho visto.

Ao capitalizar em cima de uma história de sucesso, apresentam-se histórias que tragam elementos daquela que foi um sucesso estrondoso e atraiu milhares de leitores. Em 50 Shades, uma garota considerada inocente apaixona-se por um milionário controlador e lesado, numa relação que apresenta perigo inclusive de vida (hello, Edward e Bella...Vale lembrar que 50 já deriva de um outro fenômeno). Então, para trazer esses elementos que se consideram o motivo do sucesso do livro, o que ocorre é que categorias são criadas, e aí não necessariamente se conta uma história. Apresentam-se fatos, personagens, mas eles estão tão presos numa imagem cimentada que não há muito além disso. 

É irritante, na verdade. Eu amo uma boa história, e esses livros têm premissas interessantes. Mas se encerram tanto no que acham que deve ser que morrem na praia, literalmente. E o clichê do macho controlador perturbado que, ao sentir atração por uma mulher, esclarece que é dominante sexualmente e imediatamente parte para a porrada é cansativo ao extremo. Sério, pessoas? Há tanto a contar, e o relacionamento entre duas pessoas que lidam com bagagens familiares dificílimas pode ser tão rico e reflexivo... uma pena isso virar uma prisão mergulhada em senso comum. 

Ok, foram estes os livros: A Beautiful Lie, de Tara Sevic, tem um argumento interessante, mas, ao optar por ser um romance de espionagem a Nora Roberts, se tornou uma droga de livro. Desperdício total. Pleasure's Edge, Desire's Edge e Temptation's Edge, de Eve Berlin (um dos pseudônimos dessa autora focada em histórias BSDM) é uma trilogia que começou bem, mas que, ao final, me deu vontade de gritar de raiva. 

Bachelard já dizia que pensamento classificado é pensamento morto. E uma história pode ser mal escrita que dói, mas, ainda assim, fazer sentido, no que traz vida em si. Mas quando tudo isso é trancado numa categoria encerrada em si mesma? Morte instantânea. E trágica.




PS: A adaptação de Silver Linings Playbook me lembrou dois filmes que, factualmente, ficaram muito diferentes do livro em que se originaram, mas que, apesar disso, mantiveram-se fiéis à história que contam. Eu sempre lembro, quando falo a respeito, da cena em que Mr. Darcy se declara a Elizabeth em Orgulho e Preconceito. No livro, eles estão caminhando e a cena, turbulenta, ocorre. No seriado da BBC, ela foi apresentada em imagens e sons conforme as palavras de Jane Austen e perdeu toda sua força. No filme de Joe Wright, Mr. Darcy e Elizabeth se confrontam num edifício cercado de colunas, em meio uma chuva tão torrencial quanto suas emoções. Está de acordo, a meu ver, com a história que Austen trouxe. Fatos exatos nem sempre - quase nunca, na verdade - são sinônimos de fidelidade.

Nick & Nora e As Vantagens de Ser Invisível são assim também: como em Silver Linings, há fatos muto diferentes... mas, nessa diferença, eles conseguem se manter fiéis ao livro que trazem para as telas. As adaptações, assim, conseguem evitar a afirmativa mais comum que ouvimos: o livro é sempre melhor que o filme. Esses três aqui presentes mostraram que nem sempre é assim.

PPS: Outro livro que escolhi pela capa foi Vince & Joy, de Lisa Jewell. Um dos primeiros que li em inglês, ele é um dos mais queridos para mim ever. E iniciou uma nova etapa na minha relação com os livros, mutos mais visceral. Sobre ele, já falei no Viagens... e vale chegar a ele, se você ainda não o leu. Fofíssimo ao extremo :)

PPPS: Voltando do cinema, onde vi Silver Linings Playbook novamente : ) Mas não o havia visto ainda depois de ler o livro... Gosto da adaptação, entendo e defendo as mudanças que se faz numa história quando ela passa para as telas. Elas são necessárias na transição de uma linguagem a outra. Uma coisa me deixou triste, no entanto: no livro, Jake, o irmão do protagonista e personagem de Bradley Cooper, é muito querido, diferente de como aparece pela primeira vez no filme. Neste ele é coerente com todo o resto, mas essa diferença, para mim, soou como uma traição. Crazy desse jeito, rs. 

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