
Quando quero descer do mundo, eu corro para o cinema. Ele é meu asilo mais próximo. Hoje não tive dúvidas, só o escuro da sala me colocaria de novo com os pés do chão.
O filme, Água para Elefantes (Water for Elephants. Francis Lawrence, US, 20110, eu queria já ter visto há dias. Muita vontade e eu cheguei nele cheia de ressentimento. Então, preciso vê-lo novamente para entender o que ele me trouxe. Fotografia linda, bem cuidada, no entanto eu não sei se a direção é apressada ou se eu que estava meio impermeável à beleza. Mas tenho a impressão de que a história não empolga. Talvez tenha faltado um pouquinho mais de paciência no desenvolvimento da trama, que é bastante interessante.
Essa falta de paciência, uma espécie de pressa para contar uma história, parece contaminar muitos filmes hoje. O argumento é ótimo, a trama vai bem, os personagens e atores, massa, mas a danada da pressa compromete muito. Uma narrativa construída com cuidado, honestamente, é uma delícia de se ver, ler, ouvir.

Na última visita à Cultura, esbarrei com o livro. Na próxima, saio com ele da loja. Afinal, os livros também são uma forma de colocar meus pés no chão.
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