Depois dos livros que li, alguns em agosto, outros já em setembro, trago aqui os filmes desse mesmo período. Foram poucos, não houve muita oportunidade de ir ao cinema, meu lugar favorito no mundo... Minha casa neste planeta maluco.


The Tree of Life, para mim, foi várias coisas. Nas imagens iniciais, a poesia que esperava. Na história da mãe que perde o filho, a intensidade que sabia estar presente. A apresentação da perda de um filho como uma dor tão absoluta que só a mãe pode entender, enquanto os que estão ao redor tentam contemporizar (que frustração!) é uma lição de como o nosso olhar para o outro pode ser descuidado, principalmente nas situações mais extremas, que não conseguimos explicar.

Diante da imensidão, o sentimento de impotência.
Assim, mergulhei novamente em Malick e suas imagens. O difícil, a decepção, para mim, foi a obviedade de certas cenas e, principalmente, da última imagem. O que mais amo em Terence Malick se perdeu na tentativa de explicar o que ele não precisava, de fazer justamente o contrário do que fez nos seus outros filmes: apresentar os seus sentidos e percepções e nos deixar viajar livremente por eles, construindo nossas próprias percepções. Uma intensidade que se perdeu na explicação excessiva. E não falo daqui da trama - a vida de Jack é apresentada em fragmentos, e de alguns detalhes não tomamos conhecimentos.
Você me pergunta, então, se gostei do filme? Eu amei. E detestei o final. Por isso não consigo dizer simplesmente que gostei. Na expressão do que sinto pelo filme, vários opostos se sobrepõem. Mas quem disse que a contradição não faz parte da nossa vivência neste universo?


Planeta dos Macacos: A Origem (Rise of The Planet of The Apes. Rupert Wyatt, US, 2011) foi uma boa surpresa. Está aí uma história construída com cuidado, sem pressa. Um roteiro enxuto, uma produção cuidados, uma boa diversão. É, também, uma boa história sobre como os macacos dominaram o mundo.
Sutpid, Crazy, Love (Amor a toda Prova. Glen Ficarra, John Regua. US, 2011) eu curti demais. Passeei pelo filme contente e bastante tocada pelas histórias. Percebi como gosto de Steve Carell em papéis mais melancólicos, como o que fez em Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada (Dan In Real Life. Peter Hedges, US, 2007)). A expressão dele, a postura dizem de um homem que perdeu seu lugar no mundo... e não sabe como fazer para se encontrar novamente quando tudo despenca ao seu redor.
Emma Stone eu não conhecia bem, embora já ouvisse falar muito. Gostei dela nesse filme, e outros estão vindo - um deles é O Espetacular Homem Aranha.

Depois da viagem de férias que foi Crazy, Stupid, Love, todos os filmes que se seguiram até hoje foram infantis. Poli, o fusquinha de polícia (Rasmus A. Sivertsen. Noruega, 2009) é uma animação norueguesa que estava no Festival Internacional de Cinema Infantil - Fici. Escolhemos pelo horário, sem saber muito do filme. Só depois descobri que Marcela pensou ser um filme da boneca Poly... Trata-se de uma estória voltada para a conscientização ambiental. Mas eu não sei o que esses cineastas pensam quando fazem algo tão boboca para as crianças. Wall-E (Andrew Stanton, Us, 2008) traz o problema da exploração excessiva dos recursos do planeta de forma impactante, cuidadosa e muito bem produzida. As crianças - pelo menos as que estavam comigo - sentem a fragilidade de um roteiro como o de Poli. Assim, gostaram do filme, mas não muito...
O mais legal para elas foi o que vimos depois. Em Deu a Louca na Chapeuzinho 2 (Hoodwinked Too! Hood vs. Evil. Mike Disa, US, 2011) rimos muito. Diversão total para fechar o domingo.

PS: Hoje, encontrar minha sobrinha de sete anos, ela me perguntou se havia gostado de O Rei Leão. Eu disse como havia detestado e tal e tal. A resposta dela: eu não disse? É muito chato. Primeiro um morre, aí o outro foge, não volta; então vão procurar por ele, acham; ele volta, um outro morre. Argh, fica só nisso... Esse foi o resumo da ópera, rs.
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