A vida é repleta de contradições, eu sei. Mas, às vezes, elas entram em choque entre si... O que me faz estar aqui no Viagens de Amélie é justamente o que, por outras vezes, me afasta dele... A intensidade com que uma história me toca.
Quando fui assistir a Pronta para Amar (A Little Bit of Heaven, Nicole Kassel, US, 2011 - e o que falar da tradução do título para o pt???) já sabia um pouco da história da personagem de Kate Hudson (Yoko Hudson, que quase me fez não chegar ao filme...) e sua jornada contra um câncer terminal. Não pus muita fé no filme, porque o trailer é realmente péssimo, e o poster tampouco ajuda muito.
Mas o filme é de arrasar.
Se ele é bom ou não, nem sei dizer. Para mim, ele foi um espelho. Gostei muito de como a doença foi um pouco desmistificada e retratada de outras formas. Mas, sobretudo, me vi muito nas reações de Marley - sua tentativa de ser forte diante de um diagnóstico ruim; seus medos; sua vontade de ficar sozinha ao mesmo tempo em que espera o apoio do universo e mais um pouco, rs. Sua frustração com quem está próximo - aqueles que acabam realmente arcando com dificuldades que não são deles e, por isso mesmo, os que seguram mais as pontas e dão realmente um grande apoio. As mudanças de humor, as expectativas desencontradas, o medo de se aproximar demais das pessoas... tudo estava li, e conversou muito profundamente comigo. Essas comédias românticas e suas histórias surpreendentes...
Amei o filme, mas escrever sobre ele não me agradava muito.Mas viu? Nem doeu. E agora o Viagens pode seguir seu curso.
Eu gosto muiiiiiiito de filmes de terror, mas não vou muito ao cinema para vê-los porque esse é o único gênero a que não assisto sozinha. Fui assistir a Apollo 18 - A Missão Proibida (Apollo 18, Gonzalo López-Gallego, US/Canadá, 2011) com a minha pequena, já que a censura permitia. Ela não entendeu nada, porque, além de legendado, ele se propõe a ser um documentário perdido da missão Apollo 18, oficialmente cancelada pela Nasa, mas que teria ocorrido e teria sido desastrosa. Eu gostei do tema e do formato do filme, mas está cada vez mais difícil achar um filme de terror interessante. Mas continuamos tentando...rs.
Crazy, stupid love eu revi com duas amigas queridas, Lu e Renatinha, que não mora aqui e nunca haviam ido a um Drive In - e nós aqui em Brasília nem damos tanto valor a ele!

Saí do filme pensando nessa de cafonice... Não tem como fugir de certos filmes. História de patinação no gelo (lembra da patinadora que fica cega e, ao final, na sua apresentação, ela é maravilhoooooooooosa, mas tropeça nas flores?), esquiadora que sofre acidente, fica paraplégica e perde o noivo (desse eu tenho até a trilha sonora com a foto da esquiadora), golfinhos que ajudam crianças que se sentem inadequadas e rejeitada... E o infinito se mostra. Mas todos eles me capturam, e já desistir de lutar contra isso, rs.
Conan, o Bárbaro (Conan The Barbarian, Marcus Nispel, US, 2011) é tão ruim que fica bom. De verdade. Curti demais, diverti e ainda aproveitei para olhar bem para Jason Momoa, o Khal Drogo de Game of Thrones e que acho uma coisa desde North Shore, uma série de TV a que somente eu assisti... E o sangue está jorrando até agora.
PS: No poster, Momoa parece um Antonio Banderas de cabelo comprido... mas ele é more, muito more...rs.

Minha irmã de coração escreveu um post bonito sobre algo que lhe chamou a atenção no filme - e que teria passado despercebido por mim se não fosse por ela. Thanks, Sis! Vai o link: http://batendoperna.blogspot.com/2011/09/brevidade.html


Li muito a respeito do filme antes de assistir a ele, e esperava realmente demais. A expectativa não é uma companhia muito boa para entrar conosco no cinema, e ela realmente estragou um pouco a minha experiência com Bridesmaids, que é engraçadésimo e divertido, mas não é tudo que esperava pelo li.. Por isso não gosto de saber muito dos filmes antes de conhecê-los. A surpresa, sim, é uma companhia boa, mas um pouco rara hoje em dia.
Memória:
Ontem, de forma súbita e inesperada, o querido mestre da minha mestra partiu. Deixou toda a admiração que despertou em mim, o carinho de tê-lo conhecido e a tristeza por sabê-lo ausente.
Milton José de Almeida contou, para mim, da memória, da arte, do conhecimento e, sobretudo, do cinema com a intensidade e beleza que colocava nas suas pesquisas. Seu livro, Cinema, Arte da Memória (Campinas: Autores Associados, 2010) é companhia constante nos meus estudos. Um olhar cuidadoso e genial.
Sua pessoa, impressionantemente querida, é agora uma lembrança boa no meu coração.